Basta cruzar a Ponte da Amizade para chegar à zona comercial de Ciudad del Este. A travessia é lenta, cada brecha pra entrar é disputada. Estava assim quando o comércio local, à moda americana, anunciou sua Black Friday. É fácil se perder por lá, ou não achar o que se procura. Ao mesmo tempo, é difícil pensar em alguma coisa que não esteja à venda. As galerias labirínticas dos shoppings populares se amontoam, assim como as mercadorias nas tendas nas ruas. A fiação precária contrasta com a modernidade dos shoppings mais caros. A moça gigante no anúncio do cassino abana-se com dólares, e tem sempre alguém por perto levando nas costas o preço do consumismo alucinado, em forma de pacotes e sacolas abarrotadas. Os orientais e os muçulmanos dividem boa parte do comércio de eletrônicos. E tem ainda as índias com as crianças nas ruas, lembrando que ali é América do Sul. Mas bem que poderia ser o tumulto de uma cidade indiana.
[:en]Basta cruzar a Ponte da Amizade para chegar à zona comercial de Ciudad del Este. A travessia é lenta, cada brecha pra entrar é disputada. Estava assim quando o comércio local, à moda americana, anunciou sua Black Friday. É fácil se perder por lá, ou não achar o que se procura. Ao mesmo tempo, é difícil pensar em alguma coisa que não esteja à venda. As galerias labirínticas dos shoppings populares se amontoam, assim como as mercadorias nas tendas nas ruas. A fiação precária contrasta com a modernidade dos shoppings mais caros. A moça gigante no anúncio do cassino abana-se com dólares, e tem sempre alguém por perto levando nas costas o preço do consumismo alucinado, em forma de pacotes e sacolas abarrotadas. Os orientais e os muçulmanos dividem boa parte do comércio de eletrônicos. E tem ainda as índias com as crianças nas ruas, lembrando que ali é América do Sul. Mas bem que poderia ser o tumulto de uma cidade indiana.