A líder mundial da alimentação fast-food, o grupo McDonald’s, acaba de anunciar o compromisso de adquirir apenas óleo de palma (e outros ingredientes, inclusive carne de gado e frango) que não tenha sido produzidos às custas do desmatamento de florestas nativas. Outros grupos importantes desse setor, como Dunkin’ Donuts, KFC, Pizza Hut e Taco Bell já haviam declarado intenções semelhantes. Mas a lista de multinacionais que decidiu usar seu poder de compra para barrar óleo de palma oriundo de áreas recentemente desmatadas vai muito além do mundo das refeições rápidas e tem crescido rapidamente.
No ano passado, a Procter & Gamble, sob pressão do Greenpeace e outros grupos ambientalistas, estabeleceu uma nova política para ampliar a rastreabilidade do óleo de palma que utiliza. Em setembro , a Cargill, uma das maiores processadoras de óleos vegetais do planeta, revelou um plano de eliminar a compra de commodities cujo plantio esteja diretamente associado ao desmatamento. E, no mês passado, a ADM (Archer Daniels Midland), outra líder no comércio de óleos vegetais, anunciou que se compromete a adquirir apenas soja e óleo de palma cuja produção seja sustentável. Até o final deste ano, seus fornecedores terão de apresentar prova de conformidade quanto a uma série de indicadores. O anúncio ocorreu após pressão do estado de Nova York, cujo fundo de aposentadoria é acionista importante da ADM, e de várias não governamentais, como Sierra Club e National Wildlife Federation.
Tais declarações são alentadoras, mas entre a promessa e realidade há todo um universo. Pode ser difícil saber quais empresas estão efetivamente cumprindo os compromissos alardeados na mídia. O recém-lançado website Supply Change tenta suprir essa lacuna, facilitando o monitoramento das promessas das gigantes do agribusiness . Ele coteja os compromissos com informações obtidas junto às empresas, a não-governamentais e redes, como as mesas redondas de soja e óleo de palma responsáveis. Outra fonte interessante para quem acompanha a evolução da forma como as empresas monitoram a origem do óleo de palma que adquire é o relatório Palm Oil Scorecard 2015, recém-publicado dela Union of Concerned Scientists, ONG formada por cientistas/ativistas engajados em “resolver os problemas mais urgentes do planeta”. O documento mapeia a força dos compromissos corporativos ano a ano. Dentre as empresas que, na opinião entidade, 0ferecem um compromisso mais sólido estão a Dunkin’ Brands (grupo ao qual pertence a Dunkin’Donuts, a rede de supermercados Safeway, a Nestlé, a Danone, a Kellogg’s e a Unilever, dentre outras.[:en]
A líder mundial da alimentação fast-food, o grupo McDonald’s, acaba de anunciar o compromisso de adquirir apenas óleo de palma (e outros ingredientes, inclusive carne de gado e frango) que não tenha sido produzidos às custas do desmatamento de florestas nativas. Outros grupos importantes desse setor, como Dunkin’ Donuts, KFC, Pizza Hut e Taco Bell já haviam declarado intenções semelhantes. Mas a lista de multinacionais que decidiu usar seu poder de compra para barrar óleo de palma oriundo de áreas recentemente desmatadas vai muito além do mundo das refeições rápidas e tem crescido rapidamente.
No ano passado, a Procter & Gamble, sob pressão do Greenpeace e outros grupos ambientalistas, estabeleceu uma nova política para ampliar a rastreabilidade do óleo de palma que utiliza. Em setembro , a Cargill, uma das maiores processadoras de óleos vegetais do planeta, revelou um plano de eliminar a compra de commodities cujo plantio esteja diretamente associado ao desmatamento. E, no mês passado, a ADM (Archer Daniels Midland), outra líder no comércio de óleos vegetais, anunciou que se compromete a adquirir apenas soja e óleo de palma cuja produção seja sustentável. Até o final deste ano, seus fornecedores terão de apresentar prova de conformidade quanto a uma série de indicadores. O anúncio ocorreu após pressão do estado de Nova York, cujo fundo de aposentadoria é acionista importante da ADM, e de várias não governamentais, como Sierra Club e National Wildlife Federation.
Tais declarações são alentadoras, mas entre a promessa e realidade há todo um universo. Pode ser difícil saber quais empresas estão efetivamente cumprindo os compromissos alardeados na mídia. O recém-lançado website Supply Change tenta suprir essa lacuna, facilitando o monitoramento das promessas das gigantes do agribusiness . Ele coteja os compromissos com informações obtidas junto às empresas, a não-governamentais e redes, como as mesas redondas de soja e óleo de palma responsáveis. Outra fonte interessante para quem acompanha a evolução da forma como as empresas monitoram a origem do óleo de palma que adquire é o relatório Palm Oil Scorecard 2015, recém-publicado dela Union of Concerned Scientists, ONG formada por cientistas/ativistas engajados em “resolver os problemas mais urgentes do planeta”. O documento mapeia a força dos compromissos corporativos ano a ano. Dentre as empresas que, na opinião entidade, 0ferecem um compromisso mais sólido estão a Dunkin’ Brands (grupo ao qual pertence a Dunkin’Donuts, a rede de supermercados Safeway, a Nestlé, a Danone, a Kellogg’s e a Unilever, dentre outras.