A extensão e gravidade das crises hídricas enfrentadas por São Paulo e Califórnia demonstraram que as cidades precisam começar imediatamente a se preparar para o futuro. Um estudo publicado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que, embora a maioria das metrópoles tenha sistemas que garantem a distribuição de água, elas não estão prontas para lidar com desafios que virão (acesse aqui)
Entre as situações previstas está a incerteza em relação à disponibilidade de água, em decorrência da competição por acesso com produtores rurais, indústrias e meio ambiente, além da perspectiva de mudanças no clima. Outros problemas apontados são o financiamento da atualização da infraestrutura e a governança envolvendo os recursos hídricos, que sofre com a falta de convergência das normas que regem cada setor econômico.
A boa notícia, segundo a OCDE, é que os países possuem as principais competências para lidar com estas questões, mas a organização ressalta que a situação exige uma atuação coordenada entre os governos nacionais, municipais e o setor privado, através de planos pragmáticos e de longo prazo. “As cidades nos países da OCDE que planejam os recursos hídricos para os desafios futuros entendem que atrasar ações pode aumentar os custos e limitar as opções para se adaptar a riscos”, dizem os autores do estudo.