A IKEA, maior varejista de móveis do mundo e líder na pronta-entrega de objetos de decoração, anunciou que a partir de setembro suas unidades nos Estados Unidos comercializarão exclusivamente lâmpadas LED, que têm eficiência e durabilidade muito superiores às das velhas incandescentes e das relativamente novas fluorescentes compactas. “Se um milhão de pessoas substituírem uma lâmpada cada por uma similar LED, isso equivalerá à retirada de 6.700 carros das ruas ou ao plantio de 17 milhões de árvores por ano”, declarou Lars Petersson, presidente da IKEA americana, ao explicar a decisão.
A luminosidade produzida por uma lâmpada LED que consome 12 watts é comparável à de uma fluorescente compacta de 14 watts e à de uma incandescente de 60 watts. E a tecnologia LED tem a vantagem adicional da longevidade. As lâmpadas duram pelo menos 50 mil horas (quando não duas décadas), contra as 750 horas da incandescente e 10 mil da fluorescente compacta. Entretanto, as LED ainda são bem mais caras e podem levar 9 meses para se pagar. Além disso, por muito tempo a sua luz era considerada excessivamente fria, um tanto desagradável, problema que está sendo contornado pelos fabricantes.
Segundo pesquisa do mercado global de lâmpadas LED, divulgada em fevereiro pela Research and Markets, a rápida redução dos preços e a melhor qualidade criaram ambiente propício a um crescimento anual das vendas na faixa de 26% entre 2014 e 2019. Essa tecnologia começa a dominar em setores tão diversos quando a indústria automobilística e a agricultura, onde essas lâmpadas estão ajudando a viabilizar financeiramente a produção em estufas.
Uma segunda pesquisa, divulgada no fim do ano passado por uma outra empresa de análise de tendências, a TrendForce, estima que as vendas de lâmpadas LED já chegam a 31% do mercado total de iluminação, estimado em US$ 82,1 bilhões. Se essa indústria crescer mesmo os esperados 26% anuais, deverá se tornar dominante antes do final desta década.