A venda online de produtos da Amazônia contribui para a geração de renda e para a conservação da floresta. No mês da Amazônia, o Mercado Livre e o movimento “Amazônia em Casa, Floresta em Pé” lançam nova campanha para promover empreendimentos da sociobiodiversidade amazônica
Pelo segundo ano consecutivo, organizações da sociobiodiversidade se unem ao Mercado Livre para promover empreendimentos da bioeconomia amazônica. Ao lado do Movimento Amazônia em Casa, Floresta em Pé, a plataforma promove a campanha “Da Amazônia para Você”, a fim de aproximar os empreendedores amazônicos dos consumidores de todo Brasil, facilitando a compra online de produtos que contribuem para a geração de renda e para a conservação da biodiversidade brasileira. Realizada de 3 a 12 de setembro, a iniciativa agrega mais de 30 empreendimentos que, juntos, oferecem cerca de 300 produtos, de moda à gastronomia e artesanato.
A campanha é um convite para os consumidores conhecerem produtos que contribuem para manter a floresta viva. Promovida no mês em que se comemora o Dia da Amazônia, 5 de setembro, a iniciativa conta com o apoio de diversas organizações que atuam com a sociobiodiversidade, como a AMAZ, Climate Ventures, Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) e Idesam, além de Conexsus, Instituto Auá, Central do Cerrado e Centro de Empreendedorismo da Amazônia.
A iniciativa contribui com o propósito do Mercado Livre de democratizar o comércio eletrônico e integra parte relevante da estratégia de sustentabilidade da companhia, que busca apoiar a comercialização e a inclusão digital de empreendedores de impacto, sobretudo no contexto pandêmico atual.
“Com o crescimento do comércio eletrônico, nunca a inclusão digital foi tão necessária e importante para garantir a geração de renda dos empreendedores. A partir do nosso poder de mobilização e conexão entre as pessoas, queremos ampliar ainda mais o acesso aos produtos da sociobiodiversidade brasileira”, destaca Laura Motta, gerente de Sustentabilidade do Mercado Livre.
Atualmente, na América Latina, o Mercado Livre atinge mais de 65 milhões de compradores e, a cada segundo, a plataforma recebe mais de 500 visitas. “Além da visibilidade, nossas ações envolvem a capacitação e o apoio a empreendimentos, combinando os saberes da floresta, que geram riqueza e proteção ambiental, com o conhecimento do Mercado Livre em comercialização, logística e inclusão financeira”, completa Laura. Neste ano, por meio do Programa Empreender com Impacto, a plataforma está impulsionando cerca de 90 negócios, 49 deles da Amazônia, para que possam crescer e ampliar os benefícios que geram nas comunidades em que atuam.
No primeiro ano da campanha, em 2020, empreendimentos como a Manioca, que comercializa alimentos da região amazônica, viram suas vendas mais do que dobrarem. “Se considerarmos que foi um ano de pandemia, é um resultado excelente. A parceria rendeu ótimos resultados para os empreendedores, o que mostra que o comércio eletrônico pode ser uma alternativa real para os desafios de comercialização e logística a partir da Amazônia”, explica Mariano Cenamo, CEO da aceleradora de impacto AMAZ, e diretor de Novos Negócios do Idesam.
Entre os empreendimentos participantes da campanha deste ano estão Da Tribu, Instituto Ouro Verde, Manioca, Peabiru, Tucum, Café Apuí Agroflorestal, Jambuzera e Soul Brasil. As marcas, que oferecem sabores e saberes únicos da maior floresta tropical do planeta, comercializam produtos variados como: molho de tucupi, farinha de cará roxo, compota de jambu e de vitória régia, semente de Puxuri, além de artigos de moda sustentável e artesanato indígena.
“Ao incluir cada vez mais empreendimentos na nova economia, ajudamos a gerar renda para que as comunidades consigam sobreviver e se desenvolver a partir de outras atividades que não geram o desmatamento. Ao valorizar o trabalho e as culturas locais, ajudamos a manter a floresta em pé, rompendo um padrão predatório que era impulsionado também pela distância em relação ao consumidor do restante do País”, diz Floriana Breyer, da Climate Ventures, coordenadora do Lab Amazônia, que integra o movimento.
“Os consumidores, de qualquer região, ganharam um papel fundamental neste arranjo, pois têm o poder de pautar o mercado, reorientar os caminhos rumo a uma bioeconomia e ajudar a manter a floresta em pé por meio do consumo dos seus produtos”, diz Breyer.
A Amazônia tem potencial para se tornar um dos maiores pólos de desenvolvimento sustentável, uma vez que abriga a maior floresta tropical, a maior reserva de biodiversidade e a maior bacia hidrográfica do mundo. A floresta resguarda patrimônio genético e social que muito têm a ensinar e orientar no caminho de uma nova economia.
A chamada bioeconomia é baseada em cadeias produtivas que se estruturam a partir das florestas em pé, de comunidades produtivas e empreendedores que transformam seus saberes e ativos em negócio. Ao entender que a comercialização e a logística eram um gargalo, o Mercado Livre colocou seu ecossistema a serviço desses empreendimentos, se tornando um importante aliado para a digitalização dos negócios e para garantir preço e prazo de entrega competitivos.
[Foto: Fabiola Peñalba/ Unsplash]