São raras as vitórias cabais na área ambiental. O Protocolo de Montreal, que praticamente baniu os gases que destróem a camada de ozônio, é uma das poucas que me vêem à mente. Agora, podemos celebrar outra dessas vitórias indiscutíveis: após décadas de negociações, a gasolina aditivada com chumbo tetraetila foi banida em praticamente todo o mundo. Nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos ela foi eliminada nos anos 80. No Brasil, em 1989 praticamente já não se adicionava o chumbo à gasolina. Hoje essa prática está proibida em 175 países.
A adição do chumbo à gasolina foi associada à redução da capacidade intelectual infantil, a doenças cardiovasculares e até a uma maior criminalidade (derivada, justamente, do rebaixamento do QI da população e da indução de comportamentos agressivos). Isso tudo tem um preço. Um estudo recém-divulgado pela California State University calcula que o planeta acumula benefícios avaliados em US$ 2,4 trilhões anuais graças à proibição do combustível aditivado. Além disso, 1,2 milhão de mortes teriam sido evitadas. “Quando o primeiro rascunho desse relatório ficou pronto, achamos que esses números eram altos demais – como é possível que a remoção do enxofre do petróleo tenha produzido benefícios equivalentes a 4% do PIB [global]? Era bom demais para ser verdade”, declarou Thomas Hatfield, diretor do Departamento de Meio Ambiente e Saúde Ocupacional da universidade e um dos autores do estudo. “No entanto, a nossa abordagem é corroborada pela literatura e o nosso trabalho foi revisado por alguns dos maiores especialistas nessa área”.
“Mais uma vez, temos aqui um estudo muito claro que demonstra que, longe de ser um peso para a economia, o enfrentamento dos desafios ambientais gera múltiplos benefícios ligados à Economia Verde de uma forma transversal em todos os países”, declarou Achim Steiner, diretor-geral do Pnuma. “Isto ficará para a História como uma das maiores conquistas ambientais das últimas décadas. É um triunfo da diplomacia e da colaboração entre os setores público e privado”.[:en]
São raras as vitórias cabais na área ambiental. O Protocolo de Montreal, que praticamente baniu os gases que destróem a camada de ozônio, é uma das poucas que me vêem à mente. Agora, podemos celebrar outra dessas vitórias indiscutíveis: após décadas de negociações, a gasolina aditivada com chumbo tetraetila foi banida em praticamente todo o mundo. Nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos ela foi eliminada nos anos 80. No Brasil, em 1989 praticamente já não se adicionava o chumbo à gasolina. Hoje essa prática está proibida em 175 países.
A adição do chumbo à gasolina foi associada à redução da capacidade intelectual infantil, a doenças cardiovasculares e até a uma maior criminalidade (derivada, justamente, do rebaixamento do QI da população e da indução de comportamentos agressivos). Isso tudo tem um preço. Um estudo recém-divulgado pela California State University calcula que o planeta acumula benefícios avaliados em US$ 2,4 trilhões anuais graças à proibição do combustível aditivado. Além disso, 1,2 milhão de mortes teriam sido evitadas. “Quando o primeiro rascunho desse relatório ficou pronto, achamos que esses números eram altos demais – como é possível que a remoção do enxofre do petróleo tenha produzido benefícios equivalentes a 4% do PIB [global]? Era bom demais para ser verdade”, declarou Thomas Hatfield, diretor do Departamento de Meio Ambiente e Saúde Ocupacional da universidade e um dos autores do estudo. “No entanto, a nossa abordagem é corroborada pela literatura e o nosso trabalho foi revisado por alguns dos maiores especialistas nessa área”.
“Mais uma vez, temos aqui um estudo muito claro que demonstra que, longe de ser um peso para a economia, o enfrentamento dos desafios ambientais gera múltiplos benefícios ligados à Economia Verde de uma forma transversal em todos os países”, declarou Achim Steiner, diretor-geral do Pnuma. “Isto ficará para a História como uma das maiores conquistas ambientais das últimas décadas. É um triunfo da diplomacia e da colaboração entre os setores público e privado”.