Foi-se o tempo em que os biocombustíveis eram produzidos em uns poucos sabores: cana, dendê, milho, soja. O cardápio hoje é enorme e inclui matérias-primas não convencionais, como o ágave, base da tequila, sobras da produção de whisky, cascas de laranja e até óleo de camelina, usado na Europa desde o Neolítico para abastecer lampiões.
Os esforços mais promissores envolvem a produção de biodiesel a partir de algas. Essa via tem mobilizado dezenas de empresas norte-americanas e investimentos milionários. Um estudo do Departamento de Energia do governo norte-americano, estima que o biodiesel de algas poderia substituir 17% do petróleo importado pelos Estados Unidos (cálculo baseado nas importações realizadas em 2008). Mas essa porcentagem poderia chegar a quase 50% se a produção de biodiesel de algas não se limitasse aos estados mais úmidos e quentes (onde os custos e impactos ambientais do negócio são menores).
Aqui vai uma pequena lista de matérias-primas promissoras que estão sendo estudadas na Europa e nos Estados Unidos:
- O kudzu é uma planta rasteira asiática considerada praga nos Estados Unidos. Um estudo indica que ele pode ter uma produtividade de cerca de 500 litros por hectare – mas a sua expansão como combustível parece empacada.
- Pesquisadores da Napier University, em Edimburgo, concluíram que dois sub-produtos das destilarias de whisky, responsáveis por uma fração importante da economia da Escócia, podem ser usados para produzir butanol.
- O ágave, cáctus que cresce em áreas semi-desérticas, é utilizado na fabricação de tequila e tem grande potencial para a produção de etanol, segundo pesquisa da Universidade de Oxford.
- O switchgrass, um tipo de capim comum na América do Norte, usado na produção de feno, é visto como uma das matérias-primas mais promissoras e de menor impacto ambiental, assim como as algas. O governo dos EUA está testando variedades transgênicas, com maior produtividade.
A busca de matérias-primas diversas é importante por dois motivos: o primeiro é que a produção de biocombustíveis elaborados com espécies comestíveis têm elevado o preço dos grãos e comprometido a segurança alimentar em várias partes do planeta. O segundo é que regiões com escassez de terras aráveis ou baixa pluviosidade podem encontrar uma solução local e compatível com a sua realidade – caso do ágave, por exemplo.[:en]
Foi-se o tempo em que os biocombustíveis eram produzidos em uns poucos sabores: cana, dendê, milho, soja. O cardápio hoje é enorme e inclui matérias-primas não convencionais, como o ágave, base da tequila, sobras da produção de whisky, cascas de laranja e até óleo de camelina, usado na Europa desde o Neolítico para abastecer lampiões.
Os esforços mais promissores envolvem a produção de biodiesel a partir de algas. Essa via tem mobilizado dezenas de empresas norte-americanas e investimentos milionários. Um estudo do Departamento de Energia do governo norte-americano, estima que o biodiesel de algas poderia substituir 17% do petróleo importado pelos Estados Unidos (cálculo baseado nas importações realizadas em 2008). Mas essa porcentagem poderia chegar a quase 50% se a produção de biodiesel de algas não se limitasse aos estados mais úmidos e quentes (onde os custos e impactos ambientais do negócio são menores).
Aqui vai uma pequena lista de matérias-primas promissoras que estão sendo estudadas na Europa e nos Estados Unidos:
- O kudzu é uma planta rasteira asiática considerada praga nos Estados Unidos. Um estudo indica que ele pode ter uma produtividade de cerca de 500 litros por hectare – mas a sua expansão como combustível parece empacada.
- Pesquisadores da Napier University, em Edimburgo, concluíram que dois sub-produtos das destilarias de whisky, responsáveis por uma fração importante da economia da Escócia, podem ser usados para produzir butanol.
- O ágave, cáctus que cresce em áreas semi-desérticas, é utilizado na fabricação de tequila e tem grande potencial para a produção de etanol, segundo pesquisa da Universidade de Oxford.
- O switchgrass, um tipo de capim comum na América do Norte, usado na produção de feno, é visto como uma das matérias-primas mais promissoras e de menor impacto ambiental, assim como as algas. O governo dos EUA está testando variedades transgênicas, com maior produtividade.
A busca de matérias-primas diversas é importante por dois motivos: o primeiro é que a produção de biocombustíveis elaborados com espécies comestíveis têm elevado o preço dos grãos e comprometido a segurança alimentar em várias partes do planeta. O segundo é que regiões com escassez de terras aráveis ou baixa pluviosidade podem encontrar uma solução local e compatível com a sua realidade – caso do ágave, por exemplo.