Um artigo publicado em setembro de 2012 na revista Nature Climate Change por cientistas da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, já apresentava projeções sombrias para 2000-2050 sobre os efeitos da mudança climática e da diminuição do oxigênio no tamanho dos peixes de mais de 600 espécies analisadas. No cenário de emissões elevadas de gases-estufa, o tamanho máximo dos peixes encolheria entre 14% e 24% – percentual previsto para os trópicos, onde os peixes diminuirão mais.
Desta vez, outra pesquisa mira o mesmo problema e mostra que já existem evidências do problema no Mar do Norte. Os resultados do trabalho foram publicados no fim de janeiro na revista Global Change Biology por cientistas da Universidade de Aberdeen, na Escócia.
Entre 1970 e 2008, seis entre oito espécies comerciais do Mar do Norte estudadas pela equipe registraram redução média de 29% no seu tamanho máximo, o que coincidiu com um aumento de 1 a 2 graus na temperatura do mar. A disponibilidade de alimento e um crescimento na atividade pesqueira também poderiam explicar essa queda, entretanto, o declínio no tamanho dos peixes, sincrônico com o aquecimento do oceano, levou os pesquisadores a identificar a mudança climática e a alta na temperatura da água como fatores mais prováveis da redução.
Quanto mais quente a água, mais acelerado se torna o metabolismo dos peixes, que tendem a consumir mais oxigênio. As espécies são haddock (hadoque), whiting (badejo), herring (arenque), Norway pout (faneca), plaice (solha) e sole (linguado, solha).[:en]
Um artigo publicado em setembro de 2012 na revista Nature Climate Change por cientistas da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, já apresentava projeções sombrias para 2000-2050 sobre os efeitos da mudança climática e da diminuição do oxigênio no tamanho dos peixes de mais de 600 espécies analisadas. No cenário de emissões elevadas de gases-estufa, o tamanho máximo dos peixes encolheria entre 14% e 24% – percentual previsto para os trópicos, onde os peixes diminuirão mais.
Desta vez, outra pesquisa mira o mesmo problema e mostra que já existem evidências do problema no Mar do Norte. Os resultados do trabalho foram publicados no fim de janeiro na revista Global Change Biology por cientistas da Universidade de Aberdeen, na Escócia.
Entre 1970 e 2008, seis entre oito espécies comerciais do Mar do Norte estudadas pela equipe registraram redução média de 29% no seu tamanho máximo, o que coincidiu com um aumento de 1 a 2 graus na temperatura do mar. A disponibilidade de alimento e um crescimento na atividade pesqueira também poderiam explicar essa queda, entretanto, o declínio no tamanho dos peixes, sincrônico com o aquecimento do oceano, levou os pesquisadores a identificar a mudança climática e a alta na temperatura da água como fatores mais prováveis da redução.
Quanto mais quente a água, mais acelerado se torna o metabolismo dos peixes, que tendem a consumir mais oxigênio. As espécies são haddock (hadoque), whiting (badejo), herring (arenque), Norway pout (faneca), plaice (solha) e sole (linguado, solha).