Um dos maiores empecilhos à expansão das novas energias renováveis é a limitação das baterias de grande porte disponíveis no mercado. Hoje, não existem sistemas de armazenagem de eletricidade viáveis de um ponto de vista financeiro e que sejam capazes de garantir o abastecimento contínuo de pequenas comunidades. Você gera energia eólica no meio da noite, quando o consumo é baixo, e não consegue estocá-la para que seja utilizada no meio do dia. A inexistência de baterias acessíveis também impede que a energia solar seja consumida ao longo da noite. Mas essa limitação parece estar com os dias contados.
Nos últimos meses, vários laboratórios divulgaram avanços no desenvolvimento de megabaterias mais baratas e eficientes. Três casos merecem menção.
Engenheiros do Fraunhofer, um dos maiores institutos de pesquisa aplicada da Europa, baseado em Magderburgo, na Alemanha, que tem investido pesado nesta área, anunciaram há poucos dias que conseguiram desenvolver uma bateria do tamanho de um vagão de trem, capaz de estocar 1 megawatt. Ela é composta por 5 mil células de íons de lítio e tem capacidade de 0,5 megawatt hora. Se estiver totalmente carregada, ela poderá fornecer energia suficiente para abastecer 100 residências por 24 horas. Para testar o equipamento, que foi fabricado pela empresa SK Innovation, da Coreia do Sul, os pesquisadores alemães desconectaram o prédio onde trabalham da rede elétrica durante cinco horas, mas mantiveram-no conectado à nova bateria. O edifício continuou operando normalmente. A expectativa dos pesquisadores é que o produto chegará ao mercado no ano que vem, após uma segunda rodada de testes.
Nos Estados Unidos, pesquisadores de duas grandes universidades também divulgaram recentemente ter obtido progressos relevantes, utilizando tecnologias completamente diferentes. O primeiro grupo, liderado por Michael Aziz, professor de Tecnologia de materiais e Energia, em Harvard, desenvolveu uma bateria com base numa quinona, substância orgânica encontrada em algumas plantas, como o ruibarbo. Esse modelo baratearia os custos de armazenagem em pelo menos dois terços do valor atual, já que dispensaria a utilização de metais raros, como o vanádio. O segundo grupo, coordenado por Donald Sadoway, professor de Química de Materiais do Massachusetts Institute of Technology (MIT), fundiu camadas de materiais de diferentes densidades numa combinação que opera a cerca de 450 graus Celsius (baterias similares costumam operar a 700 graus). Essa vantagem competitiva poderá baratear sua operação, ampliar a durabilidade e a eficiência geral do processo.[:en]
Um dos maiores empecilhos à expansão das novas energias renováveis é a limitação das baterias de grande porte disponíveis no mercado. Hoje, não existem sistemas de armazenagem de eletricidade viáveis de um ponto de vista financeiro e que sejam capazes de garantir o abastecimento contínuo de pequenas comunidades. Você gera energia eólica no meio da noite, quando o consumo é baixo, e não consegue estocá-la para que seja utilizada no meio do dia. A inexistência de baterias acessíveis também impede que a energia solar seja consumida ao longo da noite. Mas essa limitação parece estar com os dias contados.
Nos últimos meses, vários laboratórios divulgaram avanços no desenvolvimento de megabaterias mais baratas e eficientes. Três casos merecem menção.
Engenheiros do Fraunhofer, um dos maiores institutos de pesquisa aplicada da Europa, baseado em Magderburgo, na Alemanha, que tem investido pesado nesta área, anunciaram há poucos dias que conseguiram desenvolver uma bateria do tamanho de um vagão de trem, capaz de estocar 1 megawatt. Ela é composta por 5 mil células de íons de lítio e tem capacidade de 0,5 megawatt hora. Se estiver totalmente carregada, ela poderá fornecer energia suficiente para abastecer 100 residências por 24 horas. Para testar o equipamento, que foi fabricado pela empresa SK Innovation, da Coreia do Sul, os pesquisadores alemães desconectaram o prédio onde trabalham da rede elétrica durante cinco horas, mas mantiveram-no conectado à nova bateria. O edifício continuou operando normalmente. A expectativa dos pesquisadores é que o produto chegará ao mercado no ano que vem, após uma segunda rodada de testes.
Nos Estados Unidos, pesquisadores de duas grandes universidades também divulgaram recentemente ter obtido progressos relevantes, utilizando tecnologias completamente diferentes. O primeiro grupo, liderado por Michael Aziz, professor de Tecnologia de materiais e Energia, em Harvard, desenvolveu uma bateria com base numa quinona, substância orgânica encontrada em algumas plantas, como o ruibarbo. Esse modelo baratearia os custos de armazenagem em pelo menos dois terços do valor atual, já que dispensaria a utilização de metais raros, como o vanádio. O segundo grupo, coordenado por Donald Sadoway, professor de Química de Materiais do Massachusetts Institute of Technology (MIT), fundiu camadas de materiais de diferentes densidades numa combinação que opera a cerca de 450 graus Celsius (baterias similares costumam operar a 700 graus). Essa vantagem competitiva poderá baratear sua operação, ampliar a durabilidade e a eficiência geral do processo.