Anunciada por Donald Trump há um ano, a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris provocou uma série de ações em cidades, estados, empresas e universidades americanas. A seguir, informações da organização 350.org
Em 1º de junho do ano passado, o anúncio feito por Donald Trump de que os Estados Unidos sairiam do Acordo de Paris impulsionou uma série de compromissos e ações de diversas cidades, estados, empresas, universidades e comunidades por toda nação americana. Além disso, outros países imediatamente se comprometeram a avançar independente dessa decisão – embora o progresso ainda esteja aquém do necessário para evitar os piores impactos da crise climática global.
Segundo a iniciativa We Are Still In, existem 2.770 lideranças nos Estados Unidos atuando em prol do clima – como prefeitos, governadores, executivos, investidores e líderes locais –, que representam 160,2 milhões de pessoas em 50 estados americanos.
“Um ano atrás, dissemos que iríamos aproveitar a indignação pública quanto à decisão de Trump para gerar uma onde de ações locais reais e significativas – e foi o que fizemos. Todos os dias vemos novos grupos se formando e obtendo grandes vitórias contra projetos e investimentos em combustíveis fósseis”, comenta May Boeve, diretora-executiva da 350.org.
O que aconteceu desde o anúncio da Casa Branca:
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A criação de empregos no setor de energia renovável manteve o crescimento da economia dos EUA, confirmando uma tendência mundial: no mundo inteiro já existem 10 milhões de empregos no setor.
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Cidades como Nova York e Londres, bem como universidades e fundos de pensão tomaram medidas para desinvestir seus fundos das reservas de combustíveis fósseis. Nova York processou as cinco maiores companhias de petróleo e Paris está considerando fazer o mesmo.
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Oito capitais e metrópoles africanas comprometeram-se recentemente a atingir a neutralidade do carbono até 2050, juntando-se a um grupo crescente de cidades grandes e pequenas em todo o mundo.
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Novos projetos de combustíveis fósseis em todo o mundo têm encontrado forte resistência popular, desde o gasoduto Kinder Morgan, no Canadá, até as gigantes Adani, na Austrália, e KeystoneXL, nos Estados Unidos, além de outros gasodutos na Europa. Enquanto isso, bancos e seguradoras são pressionados a rever suas políticas ambientais e climáticas.
O que vem pela frente:
A Cúpula Global de Ação Climática, organizada pelo governador da Califórnia, Jerry Brown, prevista para os dias 12 e 14 de setembro, pretende mostrar os esforços dos governos locais e regionais, bem como da comunidade empresarial, no combate à mudança climática.
Em 8 de setembro, a mobilização global Una-se pelo Clima defenderá uma transição para uma economia 100% baseada em energias renováveis e acessíveis para todos, em substituição aos projetos baseados em combustíveis fósseis.