Desde 2006, o Instituto Peabiru atua em atividades de pesquisa, capacitação e desenvolvimento de cadeias produtivas da meliponicultura na Amazônia. Os trabalhos realizados com povos indígenas e comunidades tradicionais na criação de abelhas sem ferrão são parte do Programa Abelhas da Amazônia. Agora, essas experiências, dados de pesquisa e sistematização, além dos principais resultados alcançados estão reunidos e disponíveis gratuitamente ao público no Dossiê Cadeia de Valor das Abelhas sem Ferrão da Amazônia.
O Dossiê apresenta o estado da arte da meliponicultura desenvolvida pelo Instituto Peabiru nos últimos 14 anos. A publicação traz informações sobre as principais espécies de abelhas sem ferrão (capítulo 3), a importância socioambiental da meliponicultura em comunidades da Amazônia (capítulo 6), além de informações sobre legislação de autorização de manejo da meliponicultura (capítulo 7), acesso a mercados, entre outros temas. Entre os anexos o leitor encontra quadro de espécies de abelhas sem ferrão de ocorrência no Pará e relação das plantas preferidas das abelhas sem ferrão no estado.
A publicação compreende parte dos resultados alcançados pelo Projeto Néctar da Amazônia, iniciativa coordenada pelo Instituto Peabiru entre 2014 e 2018, com o apoio do Fundo Amazônia e parceria com a Embrapa Amazônia Oriental, Funai e associações comunitárias, quilombolas e indígenas do Pará e Amapá. Parte do Programa de Abelhas da Amazônia, o Projeto Néctar da Amazônia consolidou aprendizados de mais de uma década de desenvolvimento tecnológico e disseminação do conhecimento.
O projeto envolveu povos e comunidades tradicionais de Curuçá, região do Salgado Paraense, Monte Alegre e Almeirim no Médio Amazonas, no Pará, territórios quilombolas de Macapá e a Terra Indígena Uaçá, Oiapoque, no Amapá.
O trabalho foi possível graças ao apoio de diferentes financiadores, em destaque BNDES/Fundo Amazônia, Fundação Banco do Brasil, Instituto GPA/Assaí, Bauducco, Programa Petrobras Socioambiental, Sambazon, Embaixada dos Países Baixos, Conservação Internacional e ABN Amro Foundation. Entre os parceiros técnicos participaram instituições como Embrapa Amazônia Oriental e Universidade Federal do Amapá (Ufap).