Bem-vindo a um mundo estranho, em que pedaços de tofu fogem de caçadores, onde baleeiros ganham pontos se abaterem uma mink mas perdem se acertarem um barco de ambientalistas ; e onde um coelho insano combate a poluição com o seu skate.
As temáticas ambientais estão cada vez mais presentes no mundo dos games. O resultado é esquisito, para dizer o mínimo.
Alguns desses jogos são interessantes, como o pioneiro SimEarth, da família do simulador SimCity. Lançado em 1990, ele permite que o jogador controle o desenvolvimento da vida no planeta. Você pode definir a temperatura, a presença de água e outras características físicas e introduzir determinadas espécies, que evoluirão conforme as coordenadas definidas. Um dos consultores do projeto foi James Lovelock, o cientista que ganhou fama por propor a chamada Hipótese de Gaia (a biosfera é uma entidade capaz de se auto-regular).
Agora, alguns games da nova geração jogam todas as suas fichas no politicamente incorreto, tentando chocar as massas. É o caso do Postal III, um jogo que causa polêmica antes mesmo do seu lançamento. Os games dessa bem-sucedida franquia hiper-realista permitem que você urine virtualmente sobre transeuntes ou use gatos como silenciadores de pistolas. Só efeitos de muito bom gosto. O novo game da série, que deve chegar ao mercado norte-americano nas próximas semanas, prevê uma caçada a um bando de “ecotologistas” – misto de ecologista com cientologista, com um visual à Al Gore.
E já que estamos falando de caçadas, que tal experimentar o Tofu Hunter, em que você é convidado a atirar em proteína de soja zoomórfica? Ou seja, tofus com chifres substituem antílopes das caçadas mais convencionais. Na abertura, seus criadores já avisam: “este game contém cenas de violência contra o tofu. Não usamos a violência para chocar, mas para ilustrar a dor e o sofrimento infligido ao inocente tofu em nome do bárbaro veganismo”.
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Harpooned leva você ao mundo dos baleeiros japoneses que, sob a fachada da pesquisa científica, abatem centenas de cetáceos todos os anos. Os jogadores têm que matar um máximo de baleias enquanto se esquivam dos barcos dos ambientalistas. Seu objetivo é abater uma quantidade suficiente de animais para a produção de ração animal e hambúrgueres.
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Finalmente, outro produto de sucesso: EcoPunk, onde um coelho turbinado, com cabelo azul cortado à moicano, salva o planeta andando de skate sobre o lixo e carros poluidores.
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E você, o que acha disso tudo? Video games podem educar ou prestam um desserviço à educação ambiental?