Por Carolina Derivi
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Se os custos da certificação FSC já são considerados relevantes para muitas empresas, que o digam os projetos comunitários. O grupo Tucumarte, fabricante de cestas artesanais da comunidade ribeirinha Urucureá, em Santarém (PA), corre o risco de perder a certificação conseguida em 2007 por falta de receita. É o que declarou Davide Pompermaier, coordenador do projeto Saúde e Alegria, em apresentação da Feira Brasil Certificado.
No ano passado, o grupo arrecadou R$ 37 mil com a venda de cestaria, uma renda dez vezes superior à média antes da certificação. Mas, segundo os cálculos de Pompermaier, para manter o retorno de valor agregado para os ribeirinhos e ainda cobrir os custos da certificação, seria preciso vender R$ 84 mil por ano. “Não temos capacidade produtiva para isso”, lamentou. “Seria muito triste se essa experiência se encerrasse por uma questão econômica.” Em um ano de certificação, os custos foram subsidiados pelo projeto Saúde e Alegria, com apoio do Imaflora. “Preocupa-me lançar um projeto comercial de longo prazo que não é auto-sustentável”, disse Pompermaier.
Segundo o coordenador técnico do FSC-Brasil, Bruno Martinelli, algumas medidas estão sendo desenvolvidas para lidar com esse impasse. A primeira delas seria uma política especial para operações de pequena escala, com auditorias e relatórios mais simples, dispensa da obrigação de consulta pública e isenção da taxa de uso da logomarca FSC. Outra possibilidade seria a certificação em grupo, de maneira que um conjunto de comunidades reunidas por uma entidade representativa receberia uma única certificação. Essas propostas serão levadas à assembléia-geral do FSC, em novembro.
Por Carolina Derivi
Se os custos da certificação FSC já são considerados relevantes para muitas empresas, que o digam os projetos comunitários. O grupo Tucumarte, fabricante de cestas artesanais da comunidade ribeirinha Urucureá, em Santarém (PA), corre o risco de perder a certificação conseguida em 2007 por falta de receita. É o que declarou Davide Pompermaier, coordenador do projeto Saúde e Alegria, em apresentação da Feira Brasil Certificado.
No ano passado, o grupo arrecadou R$ 37 mil com a venda de cestaria, uma renda dez vezes superior à média antes da certificação. Mas, segundo os cálculos de Pompermaier, para manter o retorno de valor agregado para os ribeirinhos e ainda cobrir os custos da certificação, seria preciso vender R$ 84 mil por ano. “Não temos capacidade produtiva para isso”, lamentou. “Seria muito triste se essa experiência se encerrasse por uma questão econômica.” Em um ano de certificação, os custos foram subsidiados pelo projeto Saúde e Alegria, com apoio do Imaflora. “Preocupa-me lançar um projeto comercial de longo prazo que não é auto-sustentável”, disse Pompermaier.
Segundo o coordenador técnico do FSC-Brasil, Bruno Martinelli, algumas medidas estão sendo desenvolvidas para lidar com esse impasse. A primeira delas seria uma política especial para operações de pequena escala, com auditorias e relatórios mais simples, dispensa da obrigação de consulta pública e isenção da taxa de uso da logomarca FSC. Outra possibilidade seria a certificação em grupo, de maneira que um conjunto de comunidades reunidas por uma entidade representativa receberia uma única certificação. Essas propostas serão levadas à assembléia-geral do FSC, em novembro.
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