Autor: Sergio Adeodato

Transparência não é assunto só de grandes corporações. O jogo aberto na relação abrange consumidores e empresas de diferentes portes. Conheça alguns casos e seus aprendizados Por Sérgio Adeodato A designer carioca Isabela Avelar, 24 anos, vegana e atenta às promessas de marcas em torno da sustentabilidade, tem o hábito de questionar tudo que não combina com o propósito de um mundo mais justo, saudável e inclusivo. Foi assim quando decidiu não frequentar o Açougue Vegano, no Rio de Janeiro, por não ter conseguido informações sobre os produtos lá vendidos. E, também, quando parou de comprar na Loja Três –…

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[OUVIDORIAS] O amadurecimento em lidar com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa está trazendo novamente o papel das ouvidorias à tona. Além de canais para a voz do consumidor, elas são indutoras de melhorias de processos com crescente reconhecimento pela Justiça e pelos órgãos de controle. Mas ainda são pouco entendidas pelo cidadão como canal legítimo para encaminhar queixas, segundo Fábio Lopes Soares, professor de Direito e Relações de Consumo da Fundação Getulio Vargas. As empresas são obrigadas a ter ouvidoria por regulação em setores como os de saúde, energia e financeiro, ou por estarem listadas na Bolsa de…

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Diante da urgência no controle das queimadas e do desmatamento, ONGs e organizações indígenas se uniram para lançar ontem, Dia da Amazônia, uma plataforma global para financiamento coletivo de projetos socioambientais voltados à valorização da floresta em pé. Com objetivo de captar doações de cidadãos, fundações e empresas privadas, a iniciativa foi idealizada no contexto das incertezas quanto às políticas públicas de investimento em função de retrocessos do governo federal, como a paralisação do Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES com recursos da Alemanha e da Noruega. O Fundo Amigos da Amazônia, de caráter privado, destina-se a apoiar programas de sucesso…

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De um lado, o patrimônio histórico, a cultura afro, a musicalidade, as praias de águas claras e uma gastronomia da moqueca e vatapá. De outro, o desafio social da ocupação urbana desordenada, do saneamento básico e outras mazelas sofridas pela cidade desde o período da colonização portuguesa. E a busca pelo desenvolvimento econômico como uma ponte entre tradição e modernidade. Por entre mandingas e axés, o aroma inconfundível que emana dos tabuleiros de acarajé se mistura a um ritual de vanguarda com poderes de dar uma nova ginga à primeira capital do Brasil. Ao incorporar a mitigação e adaptação à…

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São 267 espécies de peixes, 56 de anfíbios, 151 de répteis e 582 de aves que habitam um mosaico de alta diversidade vegetal em 600 mil quilômetros quadrados compartilhados entre Brasil, Bolívia e Paraguai. Maior planície inundável do planeta, o Pantanal retrata o desafio global de conciliar desenvolvimento econômico e conservação de recursos naturais, apelo que requer ações articuladas da sociedade para o despertar de uma consciência que muitas vezes falta aos governantes e a quem depende da biodiversidade para sobreviver. “O desconhecimento sobre a realidade desse peculiar território impede um aproveitamento econômico maior do turismo de qualidade”, destaca o…

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Negócios de impacto ganham identidade e lutam para superar barreiras no capitalismo em transformação A palavra “impacto” possui múltiplos significados nos dicionários. Refere-se à colisão entre corpos, batida, pancada, encontrão. Pode aludir a choque emocional: abalo, comoção. Ou tem o sentido de repercussão, resultado, influência, efeito. São significados comuns do cotidiano; da vida em movimento. Hoje, adquirem novas cores ao inspirar modelos de negócios que prosperam por fazer o bem, com a lógica de unir ganho financeiro e impulso a soluções em produtos e serviços de demanda crescente face o quadro socioambiental do mundo. Como algo novo, os chamados negócios de impacto…

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O mundo corporativo e do capital, que antes evitava relacionar a busca pelo lucro a causas sociais e ambientais, começa a transformar sua visão A democratização das fontes de recursos, com viés coletivo e opções mais acessíveis que combinam diferentes perfis de capital, é vista como um dos principais desafios do atual momento de expansão dos negócios de impacto. Em 2014, os financiadores do setor resumiam-se, basicamente, a três fundos de investimento, que em geral aplicam valores acima de R$ 1 milhão, em poucas operações. Nos últimos anos, têm surgido novos perfis de atores que aportam capital em soluções de impacto:…

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Por meio de um modelo de negócios inovador,  o Banco de Tecido faz com que o resíduo de um seja a matéria-prima de outro A cenógrafa e figurinista Lu Bueno jamais poderia imaginar que lidar com a enorme tralha de tecidos usados nos espetáculos renderia uma ideia inovadora capaz de virar negócio, muito menos que ele pudesse rapidamente prosperar oferecendo alternativas mais sustentáveis ao mercado. Com cabeça no mundo artístico, as ousadias de criação se restringiam ao palco. Mas uma conjugação de inquietudes e o despertar para a lógica da economia compartilhada, na qual o que é problema para uns…

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A Braerg centra a estratégia na pesquisa de soluções para venda de patentes de valor socioambiental De início, o jovem cientista Douglas Spalato, aos 22 anos, tinha somente a intenção de obter financiamento para comprar equipamentos e ampliar a escala de sua pesquisa para novos processos de transformação de biomassa em etanol, com produtividade superior à obtida no mercado. Mas o objetivo ganhou outra dimensão após a ideia ter sido apresentada ao administrador de empresas Anderson Dutra, que carregava na bagagem ampla experiência na captação de investimentos para inovações e se constituiu um parceiro. “Após consultas a especialistas do setor sobre…

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A Faex encontrou solução para pequenos geradores de resíduos perigosos que, por falta de escala, tinham dificuldade em cumprir a lei Quando funcionário de uma companhia de grande porte especializada em  resíduos perigosos [1], o químico e gestor ambiental Flávio Bragante era sempre consultado por pequenas empresas interessadas no serviço para o descarte correto de seus rejeitos, devido ao risco da fiscalização. Mas nada podia ser feito, porque o mercado só recebia esses materiais para destinação final em quantidades bem maiores. [1] O Brasil produz cerca de 3,8 milhões de toneladas de resíduos industriais perigosos por ano, segundo o Ministério do Meio…

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