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A corrida da transição energética verde conta com diferentes países desenvolvidos em fases de maturação distintas e movimentos contraditórios. A China, por exemplo, lidera a corrida de carros elétricos e fontes alternativas, enquanto queima a maior quantidade de carvão do mundo. Os EUA, apesar do financiamento federal bilionário em energia limpa, derrapam na venda de veículos elétricos.

Cada vez mais volumes financeiros são demandados para enfrentar a crise climática. Embora necessários, os recursos da filantropia são insuficientes, enquanto o sistema financeiro mainstream está ciente de que precisa entrar pesadamente no jogo. Mas a proliferação de conceitos e sobreposições gera boa confusão de dados. Entender o papel de cada ator e o funcionamento dos diversos mecanismos é o primeiro passo para esta agenda avançar.

O mapeamento é o primeiro passo para desenvolver um relacionamento sustentável e de longo prazo. Mas não basta rastrear as partes interessadas se a empresa não fizer uso desse instrumento no suporte estratégico e nas decisões do dia a dia

Com o crescente debate sobre minorias, diversidade, equidade e inclusão, a teoria dos fringe stakeholders ganhou fôlego. Politicamente mais fracos, com baixa legitimidade e ideais divergentes com relação à empresa, são geralmente negligenciados em iniciativas multistakeholders. Mas a inclusão desses atores forneceria conhecimento mais profundo sobre como instituições e dinâmicas sociais podem apoiar mudanças ou resistir a elas na transição para a sustentabilidade.

O fenômeno de bloqueio das estradas que marcou os primeiros dias após a derrota do presidente Bolsonaro nas urnas é a metáfora eloquente para o legado de seu governo. Foram quatro anos de perturbação dos fluxos de cuidado na saúde pública e de aprendizagem na educação, entre outros. É urgente estimular um modo mais focado na formação integrada de seres humanos, a partir de fluxos e trocas no coletivo.

A fim de lidar com os desafios contemporâneos, propõem-se duas abordagens para a formação e o funcionamento dos movimentos em rede. Uma reconhece a organicidade e o caos desses movimentos, e sugere um método capaz trazer maior eficiência. Outra é a abordagem de paisagem, que ilumina caminhos entre racionalidade e emoção para lidar com a complexidade de ambientes e de grupos tão diversos.