Pode naufragar ums das ideias mais ousadas surgida nos ultimos tempos quando se pensa na preservação da floresta Amazônica. O presidente do Equador, Rafael Correa, havia proposto no ano passado uma espécie de fundo, no qual outros países depositariam cerca de U$350 milhões por ano. Como contrapartida, ele oferecia a manuenção da floresta em pé, mantendo intocada a gigantesca reserva de petróleo existente abaixo das florestas equatorianas.
O Paque Nacional do Yasuní, objeto da ação de Correa, é de altíssima diversidade biológica e considerado Reserva da Biosfera pela Unesco, é abriga algo em torno de um bilhão de barris de petróleo. O governo do Equador emitiria o que chamou de Certificados de Garantia Yasuní, que poderiam ser negociados no mercado de carbono pelos doadores. Seria a primeira vez que o mundo trocaria petróleo por floresta, na chamada “reprecificação de ativos” que nada mais é que atribuir valor monetário ao que tem valor real, mas que até pouco tempo se considerava intangível.
Entretanto, esse sonho está perto de acabar. Noticia publicada ontem pela Reuters, revelou que o ministro equatorianodas relações exteriores, Fander Falconí, pediu demissão do cargo. Ele era o rpincipal responsável pelas negociações com potenciais doadores, como Alemanha e Bélgica. O ex-ministro alegou como justificativa para sua decisão as diferenças com Correa em relação à maneira como o negócio deve ser fechado. O presidente teria dito que as negociações caminhavam de maneira “vergonhosa” e que os outros países estavam tentando “ditar os termos”.
Correa havia estabelecido um prazopara que o acordo estivesse selado, o mês de junho. Caso contrário, pretende liberar a exploração de petróleo no Yasuní. Estima-se que ess atividade lançará na atmosfera 410 milhões de toneladas de dióxido de carbono.