Apesar da fria declaração final da Conferência oficial, a Rio+20 para além do Riocentro é marcada por mais de 700 iniciativas de governos locais, empresas, bancos, agências multilaterais e academia. entre os compromissos voluntários (acesse a lista completa), destacamos:
Cidades – o grupo de Liderança Climática C40, que reúne 59 das mais importantes cidades do mundo, anunciou que a coalizão poderá diminuir em pelo menos 1 bilhão de toneladas ao ano, a partir de 2030, suas emissões de gás carbônico na comparação com 2010. As cidades da C40 respondem por 18% do PIB global.
Mercado de Capitais – A Nasdaq, dos EUA, a BM&FBovespa e as bolsas do Egito, de Istambul e Johannesburgo firmaram compromisso de longo prazo para promover o investimento responsável em seus mercados. O objetivo é incentivar boas práticas ambientais, sociais e de governança, incluindo a divulgação de informações sobre esses temas nas 4.600 companhias listadas nessas cinco bolsas de valores.
Banco Central – O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, comunicou que submeterá à audiência pública duas propostas regulatórias sobre a responsabilidade socioambiental das instituições financeiras. Além da publicação compulsória de relatórios anuais sobre a implementação dessa política, as novas regras obrigarão todos os bancos a gerenciar e mensurar riscos socioambientais de suas operações financeiras.
Declaração do Capital Natural – Documento em que o setor financeiro reconhece a relevância do capital natural para a manutenção da economia global. Rabobank, da Holanda, e outros quatro bancos importantes já aderiram à declaração, que é coordenada pela Iniciativa Financeira do Pnuma (Unep-FI), o Global Canopy Programme e no Brasil pelo Centro de estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP(GVces).
Princípios do Seguro Sustentável – outra iniciativa da Unep-FI, a declaração foi lançada já com adesão de 27 companhias líderes na indústria de seguros e ativos totais superiores a US$ 5 trilhões. o propósito do documento é prover um enfoque holístico para a gestão de riscos globais e emergentes no setor de seguros, tais como as mudanças climáticas, os desastres naturais, a escassez de água, a insegurança alimentar e as pandemias.
Novo indicador – o Pnuma lançou o Índice de Riqueza Inclusiva, que também contempla o capital humano e natural nas suas contas. Será sem dúvida um forte aliado dos que condenam o PIB como principal medida de desenvolvimento de uma nação.
Compras públicas – mais de 30 governos e instituições participam da Iniciativa de Contratação pública Sustentável Internacional (SPPI), lançada durante a Rio+20. por meio da iniciativa, o Pnuma oferecerá apoio a países interessados em executar políticas nacionais de compras públicas sustentáveis.