Manual de intervenção urbana
O artista plástico Eduardo Srur acaba de lançar o livro Manual de Intervenção Urbana, uma compilação de seus trabalhos que têm como cenário ou tela a cidade de São Paulo. O livro evidencia que o modo e o espaço em que se vive compõem um campo aberto, infinito e apto a ser transformado.
“Este livro não é apenas para artistas, mas para todos aqueles que se interessam por arte e acreditam em seu potencial criativo. O manual e a cidade são para o uso de qualquer um.”
Eduardo Srur (foto) começou sua trajetória de artista visual com a pintura e, a partir de 2002, passou a investigar novas mídias, como fotografia, escultura, vídeo, performance, instalação e intervenção urbana.
Sua produção atual caracteriza-se por exposições temporárias no espaço público que alteram a paisagem da cidade e questionam o sistema social de forma crítica e bem-humorada.
Eduardo Srur conversou com Página22, confira a seguir:
Como surgiu a ideia do livro?
Ele é compilação do meu trabalho, a trajetória artística desde pintura até intervenções urbanas. É composto de dois cadernos que caminham juntos. Na primeira parte temos os registros da obra, em um caderno convencional. Na segunda estão os desdobramentos dos trabalhos, bastidores, mídia, a reação dos habitantes, curiosidades, dúvidas de criação. É um manual em que a pessoa tem um acesso maior e alternativo ao meu trabalho.
Minha geração é pouco politizada, está mais preocupada em estar em um circuito institucional do que tratar de vácuos e ruídos do sistema. Eu defendo uma postura social, não marginal, com uma dose planejada de humor e impacto visual para gerar reflexão.
Quais serão suas próximas intervenções?
Neste primeiro trimestre farei três obras simultâneas no centro de São Paulo, na região do Vale do Anhangabaú.
Você realiza obras por encomenda?
Todas as obras são autorais, projetos inéditos em que tenho a ideia e vou atrás da viabilidade no sistema, em órgãos públicos e iniciativa privada. Não há ação sob encomenda. O artista tem o papel de transformar a realidade, ele vê a mesma coisa de outra forma. Reativa psicológica ou visualmente áreas adormecidas e a consciência dos espectadores. O artista propõe um curto-circuito, transformando a paisagem e fazendo as pessoas pensarem sobre o cenário em que estamos inseridos.
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Mais em Página Cultural:
PENSEI QUE FOSSE SÓ EU
Um dos principais fotógrafos brasileiros, Romulo Fialdini (nascido em Belo Horizonte, em 1947), abre este mês sua primeira individual na Galeria Raquel Arnaud, em São Paulo. São 24 fotografias selecionadas pela curadora Galciani Neves sob o nome Pensei que fosse só eu.
“Romulo busca as fendas da cidade, recantos pouco explorados pelo olhar apressado, e mesmo os retratos flagrados de anônimos que fazem parte da mostra estão inseridos nas tramas do espaço urbano”, diz Galciani. A partir da exposição, a curadora também selecionou imagens para um livro com o mesmo nome, Pensei Que Fosse Só Eu. As obras selecionadas são recortes de tempo distanciados do fluxo da vida, como uma pausa ao ritmo do consumo das imagens rápidas atadas aos apelos artificiais.
O livro será lançado pela editora Superbacana, mas com tiragem inicial de 1.500 exemplares, entre os quais 100 na forma de livro-objeto (em caixa acrílica, numerados, assinados e acompanhados de jogo da memória com fotos do livro).
Exposição: Romulo Fialdini – Pensei Que Fosse Só Eu. Até 9 de março de 2013 na Galeria Raquel Arnaud
ASSIM VOCÊ ME MATA
Um casal só consegue se comunicar por meio de frases do cancioneiro romântico – Marcio Greyck, Núbia Lafayette e Reginaldo Rossi fazem parte do repertório. Um estudante se apaixona por uma anã de personalidade forte. A chegada de um pinguim de geladeira causa discórdia entre as demais miniaturas de um jardim. Um músico decadente vive um caso de amor com uma prostituta. Uma jovem tenta cuidar da mãe embriagada que, só de calcinha e penhoar rosa, entoa Maíra. Estas são algumas das histórias contadas em Assim Você Me Mata, livro da editora Terracota em que 20 autores brasileiros assinam contos que têm como mote os elementos do universo brega. O time inclui escritores já consagrados, como Xico Sá, João Anzanello Carrascoza, André de Leones e Marcelino Freire. Mais informações: terracotaeditora.com.br.[:en]
Manual de intervenção urbana
O artista plástico Eduardo Srur acaba de lançar o livro Manual de Intervenção Urbana, uma compilação de seus trabalhos que têm como cenário ou tela a cidade de São Paulo. O livro evidencia que o modo e o espaço em que se vive compõem um campo aberto, infinito e apto a ser transformado.
“Este livro não é apenas para artistas, mas para todos aqueles que se interessam por arte e acreditam em seu potencial criativo. O manual e a cidade são para o uso de qualquer um.”
Eduardo Srur (foto) começou sua trajetória de artista visual com a pintura e, a partir de 2002, passou a investigar novas mídias, como fotografia, escultura, vídeo, performance, instalação e intervenção urbana.
Sua produção atual caracteriza-se por exposições temporárias no espaço público que alteram a paisagem da cidade e questionam o sistema social de forma crítica e bem-humorada.
Eduardo Srur conversou com Página22, confira a seguir:
Como surgiu a ideia do livro?
Ele é compilação do meu trabalho, a trajetória artística desde pintura até intervenções urbanas. É composto de dois cadernos que caminham juntos. Na primeira parte temos os registros da obra, em um caderno convencional. Na segunda estão os desdobramentos dos trabalhos, bastidores, mídia, a reação dos habitantes, curiosidades, dúvidas de criação. É um manual em que a pessoa tem um acesso maior e alternativo ao meu trabalho.
Minha geração é pouco politizada, está mais preocupada em estar em um circuito institucional do que tratar de vácuos e ruídos do sistema. Eu defendo uma postura social, não marginal, com uma dose planejada de humor e impacto visual para gerar reflexão.
Quais serão suas próximas intervenções?
Neste primeiro trimestre farei três obras simultâneas no centro de São Paulo, na região do Vale do Anhangabaú.
Você realiza obras por encomenda?
Todas as obras são autorais, projetos inéditos em que tenho a ideia e vou atrás da viabilidade no sistema, em órgãos públicos e iniciativa privada. Não há ação sob encomenda. O artista tem o papel de transformar a realidade, ele vê a mesma coisa de outra forma. Reativa psicológica ou visualmente áreas adormecidas e a consciência dos espectadores. O artista propõe um curto-circuito, transformando a paisagem e fazendo as pessoas pensarem sobre o cenário em que estamos inseridos.
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Mais em Página Cultural:
PENSEI QUE FOSSE SÓ EU
Um dos principais fotógrafos brasileiros, Romulo Fialdini (nascido em Belo Horizonte, em 1947), abre este mês sua primeira individual na Galeria Raquel Arnaud, em São Paulo. São 24 fotografias selecionadas pela curadora Galciani Neves sob o nome Pensei que fosse só eu.
“Romulo busca as fendas da cidade, recantos pouco explorados pelo olhar apressado, e mesmo os retratos flagrados de anônimos que fazem parte da mostra estão inseridos nas tramas do espaço urbano”, diz Galciani. A partir da exposição, a curadora também selecionou imagens para um livro com o mesmo nome, Pensei Que Fosse Só Eu. As obras selecionadas são recortes de tempo distanciados do fluxo da vida, como uma pausa ao ritmo do consumo das imagens rápidas atadas aos apelos artificiais.
O livro será lançado pela editora Superbacana, mas com tiragem inicial de 1.500 exemplares, entre os quais 100 na forma de livro-objeto (em caixa acrílica, numerados, assinados e acompanhados de jogo da memória com fotos do livro).
Exposição: Romulo Fialdini – Pensei Que Fosse Só Eu. Até 9 de março de 2013 na Galeria Raquel Arnaud
ASSIM VOCÊ ME MATA
Um casal só consegue se comunicar por meio de frases do cancioneiro romântico – Marcio Greyck, Núbia Lafayette e Reginaldo Rossi fazem parte do repertório. Um estudante se apaixona por uma anã de personalidade forte. A chegada de um pinguim de geladeira causa discórdia entre as demais miniaturas de um jardim. Um músico decadente vive um caso de amor com uma prostituta. Uma jovem tenta cuidar da mãe embriagada que, só de calcinha e penhoar rosa, entoa Maíra. Estas são algumas das histórias contadas em Assim Você Me Mata, livro da editora Terracota em que 20 autores brasileiros assinam contos que têm como mote os elementos do universo brega. O time inclui escritores já consagrados, como Xico Sá, João Anzanello Carrascoza, André de Leones e Marcelino Freire. Mais informações: terracotaeditora.com.br.