COPs mobilizam bilhões, mas a realidade nos territórios ainda é de espera, promessas frustradas e recursos que demoram a alcançar quem mais protege a floresta.
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Tema de impasses históricos nas Conferências das Partes das Nações Unidas (COPs) sobre o Clima, o debate sobre financiamento climático voltará ao centro das atenções em Belém, que receberá, a partir do dia 10, a COP 30. O Brasil, que ocupa a presidência da cúpula, herdou a missão de elevar a doação de países ricos às nações em desenvolvimento dos atuais US$ 300 bilhões a US$ 1,3 trilhão anuais. A demanda será apresentada em meio a um cenário geopolítico fragmentado, com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e a escalada de investimentos da União Europeia em defesa nacional.
A Conferência representa uma oportunidade de aproximar o debate climático das demandas por sistemas de saúde mais resilientes. Algumas das principais referências dessa agenda reúnem-se em webinário e reforçam a necessidade de um reconhecimento formal da medicina indígena no SUS
O cenário da inovação e empreendedorismo se descola dos grandes centros e se aproxima da base produtiva na floresta, engajando talentos ribeirinhos e indígenas rumo a uma nova economia da Amazônia
Cientistas, artistas, lideranças comunitárias e empreendedores se reuniram em nova edição do webinário Notas Amazônicas para tratar das integrações entre cultura, ciência e conhecimentos tradicionais como forma de enfrentar desafios para o desenvolvimento. Às vésperas da COP 30, a iniciativa reforça que a região deve ser entendida em toda a sua pluralidade. A série de webinários Notas Amazônicas é uma parceria entre Uma Concertação pela Amazônia a a Página22.
Longe dos grandes centros regionais, jovens egressos de universidades e instituições tecnológicas esbanjam criatividade e esforços de inovação e empreendedorismo. Fomos a campo, no chão na floresta, encontrar quem faz a diferença para inovar, desenvolver a sociobioeconomia na prática e construir um novo paradigma diferente da pobreza e do desmatamento. Voltamos com muitas histórias para contar.
A rede Uma Concertação pela Amazônia celebra cinco anos de existência em evento organizado em cinco atos, que exploram dimensões fundamentais para o futuro das Amazônias e se relacionam com temas estruturantes — do cuidado com os territórios à educação, da ciência às economias da floresta viva.
Nova edição do webinário Notas Amazônicas, com a presença da Jovem Campeã Climática da COP 30 e de representantes amazônidas, debate a influência dos jovens na Conferência e nas ações de combate à mudança do clima a partir de seus territórios.
Debater a filantropia brasileira desde a desconcentração de poder, conhecimento e riqueza. Esse foi o mote proposto pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) em seu 13º Congresso, que reuniu cerca de 1 mil pessoas neste mês de maio, em Fortaleza. Logo na plenária de abertura, o secretário-geral do Gife, Cássio França, trouxe a provocação para os três dias de evento: “Filantropia no Brasil não pode ser pouco, em número ou quantidade. É preciso ser muito, porque nosso país é muito desigual. Queremos uma filantropia que, de fato, desconcentre poder, conhecimento e riqueza, e ajude a tornar nosso país mais equânime”.
Alimento ancestral indígena consumido em situação de escassez e esquecido no tempo é pesquisado por cientistas a partir das inquietudes de um jovem de 17 anos que pode ganhar o Nobel do Ensino Médio nesta semana, nos Estados Unidos. O trabalho ajuda na valorização do conhecimento tradicional, inclusão de pequenos produtores e segurança alimentar, no contexto da “bioeconomia criativa” como enfrentamento à mudança climática.
