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A escolha do pesquisador amapaense José Carlos Tavares por uma das mais tradicionais instituições científicas europeias, fundada em 1737, rompe com a lógica histórica que centraliza o saber nos grandes eixos urbanos do Sul-Sudeste brasileiro e da Europa. Sua nomeação como membro da Real Academia de Farmácia da Espanha ocorre hoje.

A rede Uma Concertação pela Amazônia celebra cinco anos de existência em evento organizado em cinco atos, que exploram dimensões fundamentais para o futuro das Amazônias e se relacionam com temas estruturantes — do cuidado com os territórios à educação, da ciência às economias da floresta viva.

A SPVS firma parceria inédita com o Complexo Pequeno Príncipe, no Paraná, na primeira operação do País envolvendo a aquisição de créditos de biodiversidade por uma instituição hospitalar.

A publicação Soluções em Clima e Natureza do Brasil apresenta iniciativas maduras,escaláveis e promissoras nos setores que estão entre os principais emissores do inventário nacional de gases de efeito estufa – agricultura e pecuária, florestas, energia, indústria e resíduos – e evidencia o protagonismo do País na agenda global de sustentabilidade. Lançado pelos Instituto Arapyaú e Itaúsa, o relatório baseia-se em 66 entrevistas e no trabalho de pesquisa realizados pela equipe da Página22. A edição em inglês será lançada durante a Climate Week de Londres, em 26 de junho

Levantamento conduzido em 119 regiões do mundo investigou a “diversidade faltante”, isto é, espécies nativas que poderiam estar presentes na localidade, mas estavam ausentes. Resultados foram publicados na revista Nature

Por meio da iniciativa “O Grande Redesenho de Alimentos”, a Fundação Ellen MacArthur convidou empresas de todo o mundo a criar ou redesenhar produtos alimentícios usando os princípios da economia circular, com o intuito de regenerar a natureza. Ao todo, foram desenvolvidos 141 produtos por 57 empresas, em 12 países. No Brasil, 11 empresas chegaram à fase final da jornada. Mas agora o desafio será influenciar a produção de alimentos em larga escala, afirma Gustavo Righeto Alves, gerente de Inovação e Comunidades para América Latina da organização.

Não serão triviais os desafios a serem enfrentados na COP 30. Dez anos após o Acordo de Paris, firmado durante a COP 21, a conferência do clima das Nações Unidas que o Brasil sediará em novembro em Belém do Pará ocorrerá sob o signo da derrocada do sistema multilateral, colaborativo e cooperativo, que havia propiciado em 2015 um consenso internacional histórico pela redução das emissões.

Hoje, segundo a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, o cenário é completamente outro, regido pela fragmentação da diplomacia climática, pelo avanço da extrema direita negacionista e pelo retorno ao poder de um líder – Donald Trump – que propõe uma nova arquitetura global calcada em energia fóssil, nacionalismo e ações anti-ESG, com o respaldo das big techs.

O mundo estará perdido? Não necessariamente. “Não é porque o Trump diz que o clima não importa mais, que o clima não vai importar mais. Ao contrário, o reconhecimento do risco climático está claro”, diz o presidente do Instituto Arapyaú, Roberto S. Waack. 

O risco climático não só foi escancarado, como agora é considerado de curto prazo – mostra o mais recente relatório do Fórum Econômico Mundial, lançado em 20 de janeiro em Davos. Riscos de curto prazo, por óbvio, afetam o resultado econômico de curto prazo das organizações, por mais que uma parcela delas não queira admitir. A crise climática, portanto, entra na veia dos principais tomadores de decisão. Mais um risco vem da litigância climática, que tende a crescer com a mobilização social, fortalecida para combater retrocessos na agenda. Além isso, contrapesos geopolíticos vêm da China, que passa a liderar soluções energéticas para o clima, enquanto o Brasil pode – e deve – colocar-se como um provedor de soluções especialmente no que se refere a uso da terra e capital natural.

“A COP 30 vai, de certa maneira, incorporar todo esse processo. Eu nunca vi tanta conexão do mundo empresarial com a discussão climática e muito especialmente com a COP 30”, diz Waack, de Davos, de onde concedeu com Izabella Teixeira esta entrevista à Página22, inaugurando a série “Para Além da COP 30”.