Browsing: Fernanda Rennó

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Cientistas, artistas, lideranças comunitárias e empreendedores se reuniram em nova edição do webinário Notas Amazônicas para tratar das integrações entre cultura, ciência e conhecimentos tradicionais como forma de enfrentar desafios para o desenvolvimento. Às vésperas da COP 30, a iniciativa reforça que a região deve ser entendida em toda a sua pluralidade. A série de webinários Notas Amazônicas é uma parceria entre Uma Concertação pela Amazônia a a Página22.

A rede Uma Concertação pela Amazônia celebra cinco anos de existência em evento organizado em cinco atos, que exploram dimensões fundamentais para o futuro das Amazônias e se relacionam com temas estruturantes — do cuidado com os territórios à educação, da ciência às economias da floresta viva.

Uma “bioeconomia criativa” que floresce por trás do açaí, da castanha e demais cadeias produtivas da floresta tem poderes de iluminar e valorizar a sociobiodiversidade, mobilizar renda e engajar jovens talentos em cidades e comunidades amazônicas para um futuro de maior prosperidade. Na emergência climática do planeta, a efervescência da cultura e da inovação cria oportunidades bem perto de onde está o conhecimento tradicional e pode gerar legado social e econômico como forma de combate ao desmatamento. Este conteúdo, que representa uma contribuição da Página22 para a COP 30 do Clima em Belém, inaugura a série de reportagens sobre Bioeconomia Criativa, com atualização periódica de cases e das histórias de seus principais personagens.

A ciência consegue montar um retrato preciso e detalhado sobre um território a partir de dados. Mas um território vai além de dados, ele é composto por histórias, por percepções, por sonhos, por relações de poder. Para equilibrar a nossa racionalidade limitada precisamos de muita sensibilidade, precisamos da cultura

Evento marca o lançamento de estudo sobre bioeconomia indígena e procura dar visibilidade aos conhecimentos e saberes ancestrais. A ciência ocidental, eficaz em traçar diagnósticos, tem falhado nas soluções. Precisa, portanto, ouvir mais, falar menos e compreender melhor os modos de viver e produzir dos povos originários, que são profundamente relacionados ao território e à sua conservação. Embora ainda com pouco espaço no mundo acadêmico tradicional, a literatura indígena cada vez mais se mostra capaz de preencher lacunas de conhecimento.

Quanto maior a ambição da descarbonização, maior será a demanda de minérios para produção, distribuição e armazenamento de energia menos poluente. Do trade off entre transição energética e conservação, surgem questões. O quanto o Brasil está disposto a aumentar sua capacidade de produção mineral, impactando biomas e comunidades locais?  E até que ponto o País deve ficar dependente de importações?

Modelo de investimento que casa com os desafios sociais e ambientais da Amazônia, o financiamento híbrido ganha força na região. O assunto foi debatido em mais um webinar promovido por Uma Concertação pela Amazônia e Página22.

O terceiro episódio da série Notas Amazônicas põe a infância no centro do debate e mostra quão desafiador é traçar políticas que atendam as especificidades na região. Todas as crianças têm em comum, entretanto, a herança de uma crise ambiental para a qual não contribuíram.

Publicação, a ser lançada pela Concertação na Cúpula da Amazônia, reforça a importância de uma abordagem integradora e multidisciplinar para o desenvolvimento sustentável das Amazônias. E revela de que forma educação, saúde, segurança, bioeconomia, ciência e tecnologia, povos indígenas e comunidades tradicionais conectam-se entre si