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A obra “Frans Krajcberg: a natureza como cultura” é resultado da “encomenda” que o escultor, pintor, fotógrafo e ativista ambiental Frans Krajcberg (1921-2017) fez ao ativista, amigo e colaborador João Meirelles, em 1985. Quase 40 anos após o pedido e muita pesquisa, finalmente a biografia de Krajcberg vem a público. Com fotos exclusivas e depoimentos inéditos, o livro apresenta a vida e a obra deste que é considerado um dos maiores artistas plásticos do século 20, nascido na Polônia em uma família judaica e naturalizado brasileiro. Como escultor, fotógrafo e pintor, Frans Krajcberg acumulou centenas de prêmios, participou de mais de 200 exposições coletivas e 92 individuais, sendo presença constante nas Bienais de São Paulo e no circuito de arte nacional e internacional. Ao final da vida, doou seu acervo pessoal de obras e objetos, bem como seu sítio em Nova Viçosa, ao governo do Estado da Bahia, responsável por seu legado. Mas talvez o maior legado tenha sido inspirar a luta ambientalista, como a de João Meirelles.

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O comércio de emissões no Brasil já é uma realidade e representa uma estratégia custo-efetiva para setores altamente emissores. Além disso, os setores teriam um ganho na “competitividade climática”, considerando a tendência internacional de taxas de ajuste de carbono na fronteira. A implementação efetiva do mercado terá cinco fases e a estimativa é que entre em operação plena por volta de 2030

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Este artigo é o primeiro de uma série voltada a debater os desafios da agenda climática sob um novo contexto político e geopolítico. O mundo que recepcionou a COP 21, em Paris, já não existe mais. Dois pilares alicerçam hoje a agenda climática: a demanda por um novo sistema global de energia e os limites da natureza. Não há recursos naturais e serviços ambientais suficientes para fazer frente às necessidades de 10 bilhões de pessoas, se não ocorrerem mudanças drásticas e justas nos processos de desenvolvimento e de conservação.

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Não serão triviais os desafios a serem enfrentados na COP 30. Dez anos após o Acordo de Paris, firmado durante a COP 21, a conferência do clima das Nações Unidas que o Brasil sediará em novembro em Belém do Pará ocorrerá sob o signo da derrocada do sistema multilateral, colaborativo e cooperativo, que havia propiciado em 2015 um consenso internacional histórico pela redução das emissões.

Hoje, segundo a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, o cenário é completamente outro, regido pela fragmentação da diplomacia climática, pelo avanço da extrema direita negacionista e pelo retorno ao poder de um líder – Donald Trump – que propõe uma nova arquitetura global calcada em energia fóssil, nacionalismo e ações anti-ESG, com o respaldo das big techs.

O mundo estará perdido? Não necessariamente. “Não é porque o Trump diz que o clima não importa mais, que o clima não vai importar mais. Ao contrário, o reconhecimento do risco climático está claro”, diz o presidente do Instituto Arapyaú, Roberto S. Waack. 

O risco climático não só foi escancarado, como agora é considerado de curto prazo – mostra o mais recente relatório do Fórum Econômico Mundial, lançado em 20 de janeiro em Davos. Riscos de curto prazo, por óbvio, afetam o resultado econômico de curto prazo das organizações, por mais que uma parcela delas não queira admitir. A crise climática, portanto, entra na veia dos principais tomadores de decisão. Mais um risco vem da litigância climática, que tende a crescer com a mobilização social, fortalecida para combater retrocessos na agenda. Além isso, contrapesos geopolíticos vêm da China, que passa a liderar soluções energéticas para o clima, enquanto o Brasil pode – e deve – colocar-se como um provedor de soluções especialmente no que se refere a uso da terra e capital natural.

“A COP 30 vai, de certa maneira, incorporar todo esse processo. Eu nunca vi tanta conexão do mundo empresarial com a discussão climática e muito especialmente com a COP 30”, diz Waack, de Davos, de onde concedeu com Izabella Teixeira esta entrevista à Página22, inaugurando a série “Para Além da COP 30”.

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Em meio ao avanço de movimentos populistas e autoritários, estreia na Página22 uma série de artigos que aprofundará reflexões sobre os efeitos da crise da democracia na sustentabilidade e na vida das pessoas. Uma das soluções debatidas neste primeiro artigo é usar as tecnologias digitais para reconduzir a inteligência coletiva para o centro da política.

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