As negociações em torno dos esforços de redução das emissões de gases de efeito estufa atestam que o mundo se vê diante de um xadrez complexo em que cada peça depende da outra. A do Brasil está ligada à conservação do que resta de cobertura fl orestal, concentrada na Amazônia. Não à toa, a notícia da expansão galopante do desmatamento nos últimos meses de 2007 ecoou pelo mundo. Mesmo sem metas ofi ciais de redução de emissões, o Brasil está sob escrutínio.
O que nos leva a perguntar se as ações adotadas darão conta de romper com o que Eduardo Viola chama, em entrevista nesta edição, de “tendência histórica” do Brasil de tolerar o desmatamento. Como se viu no passado, medidas emergenciais de comando-e-controle têm efi cácia pontual. Mais uma vez, é preciso repetir a importância de planejar e ordenar o processo de uso do solo e de envolver a sociedade no debate sobre o modelo de desenvolvimento que se almeja.
Um conjunto de reportagens nesta edição mostra que o avanço da ocupação não é um problema apenas da Amazônia. E muito menos novo. Às margens da Rodovia Anchieta, em São Paulo, um projeto para reverter os impactos da ocupação das encostas da Serra do Mar pela população de baixa renda mostra como é mais difícil remediar do que prevenir. Apesar disso, na Zona Oeste da Grande São Paulo, a história se repete, desta vez com a oferta de condomínios de alto padrão trazendo consigo a ocupação precária pelos que podem apenas servir aos mais ricos. E o governo aventa desengavetar um plano para construção de um aeroporto na região, em área adjacente à Reserva do Morro Grande, que faz parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo.
O valor dos serviços proporcionados pelo meio ambiente no Morro Grande, e em escala muito maior na Amazônia, ainda não foi integrado ao modelo de desenvolvimento em vigor. Para que seja, é preciso o esforço da sociedade toda de romper com a inércia e ousar se reinventar. Se queremos um futuro, ele começa agora.
As negociações em torno dos esforços de redução das emissões de gases de efeito estufa atestam que o mundo se vê diante de um xadrez complexo em que cada peça depende da outra. A do Brasil está ligada à conservação do que resta de cobertura fl orestal, concentrada na Amazônia. Não à toa, a notícia da expansão galopante do desmatamento nos últimos meses de 2007 ecoou pelo mundo. Mesmo sem metas ofi ciais de redução de emissões, o Brasil está sob escrutínio.
O que nos leva a perguntar se as ações adotadas darão conta de romper com o que Eduardo Viola chama, em entrevista nesta edição, de “tendência histórica” do Brasil de tolerar o desmatamento. Como se viu no passado, medidas emergenciais de comando-e-controle têm efi cácia pontual. Mais uma vez, é preciso repetir a importância de planejar e ordenar o processo de uso do solo e de envolver a sociedade no debate sobre o modelo de desenvolvimento que se almeja.
Um conjunto de reportagens nesta edição mostra que o avanço da ocupação não é um problema apenas da Amazônia. E muito menos novo. Às margens da Rodovia Anchieta, em São Paulo, um projeto para reverter os impactos da ocupação das encostas da Serra do Mar pela população de baixa renda mostra como é mais difícil remediar do que prevenir. Apesar disso, na Zona Oeste da Grande São Paulo, a história se repete, desta vez com a oferta de condomínios de alto padrão trazendo consigo a ocupação precária pelos que podem apenas servir aos mais ricos. E o governo aventa desengavetar um plano para construção de um aeroporto na região, em área adjacente à Reserva do Morro Grande, que faz parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo.
O valor dos serviços proporcionados pelo meio ambiente no Morro Grande, e em escala muito maior na Amazônia, ainda não foi integrado ao modelo de desenvolvimento em vigor. Para que seja, é preciso o esforço da sociedade toda de romper com a inércia e ousar se reinventar. Se queremos um futuro, ele começa agora.
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