O negócio, dizia o craque Gerson, na famigerada publicidade de cigarros dos anos 70, é “levar vantagem em tudo, certo?”. Nesse caso, por que usar só a energia eólica, se podemos explorar o vento e o sol ao mesmo tempo?
Várias empresas estão apostando nessa sinergia para baratear a geração e tornar seus produtos competitivos num mercado cada vez mais disputado. Uma das vantagens dessa associação é que, em várias partes do mundo, como aqui nos Estados Unidos, há mais vento nos meses de inverno, quando a insolação é menor. Assim, o sistema tem condições de gerar energia o ano inteiro.
Um exemplo dessa estratégia é dado pela Bluenergy, empresa daqui de Santa Fe que desenvolveu um modelo em que uma dupla hélice é disposta na vertical e cobertas por células fotovoltaicas. O sistema é capaz de produzir 1.100 quilowatts-hora por mês, sendo pouco mais de um quarto de origem solar. Barato não é: sai por US$ 35 mil instalado.
Outro exemplo é o grupo Moncada, gerador de energias alternativas e baseado na Sicília, sul da Itália. A empresa vai instalar módulos fotovoltaicos embaixo das turbinas do seu parque eólico, aumentando a sua capacidade de geração, que hoje supera 100 megawatts, em 400 megawatts. Isso permitirá à empresa maximizar a utilização da infraestrutura já disponível. Leia mais a respeito aqui.
Os sistemas híbridos também têm sido utilizados para abastecer comunidades isoladas na Índia e sistemas de iluminação pública em Hong Kong.
Alguém tem notícia da adoção desse mix de energias no Brasil?