Dentre as últimas duas décadas, o ano de 2009 consta como um dos anos mais calmos em prejuízos decorrentes de desastres e em números de vítimas. As perdas financeiras com catástrofes atingiram cifra próxima de 52 bilhões de dólares este ano – segundo dados preliminares da empresa especializada em seguros Swiss Re (veja o relatório em inglês). Desse valor, cerca de 24 bilhões de dólares contavam com seguros.
Os números deste ano são consideravelmente mais baixos que aqueles de 2008, quando o valor total dos prejuízos chegou a 267 bilhões de dólares, impulsionados principalmente pelos furacões Ike e Gustav nos Estados Unidos e Caribe.
A diferença entre os dois anos se deve principalmente, segundo a empresa, a uma temporada de furacões bem mais branda nos Estados Unidos este ano. Como base de comparação, somente o furacão Katrina, que devastou a costa sul norte-americana em 2005, causou cerca de 71 bilhões de dólares em prejuízos.
Menos vidas perdidas
No mundo todo, o ano passado terminou com cerca de 240 mil mortos decorrentes de catástrofes, sendo que em 2009 o número de vítimas é de cerca de 12 mil pessoas – também entre os mais baixos desde 1989. No ano passado, somente dois eventos isolados (ciclones em Mianmar e um terremoto na China) vitimaram cerca de 225 mil pessoas.
A Ásia foi o continente mais diretamente impactada pelos desastres este ano – só lá, mais de 3,5 mil pessoas morreram ou estão desaparecidas. Em setembro, 1117 faleceram após terremotos na Indonésia, o pior dos desastres naturais do ano no mundo, e tufões vitimaram mais 854 pessoas principalmente nas Filipinas, Vietnã e Camboja.