Por Amália Safatle
Na trilha das leituras prováveis, uma é a do silêncio que separa os interlocutores, retratada em lugar mais emblemático impossível: o Vale da Morte, espécie de vácuo de palavras que se estende pelo Deserto de Mojave, na Califórnia, Estados Unidos. Lá, tudo é ilha. Outra é a do vazio eloquente, que fala sobre distâncias vencidas e pontos conexos, que se aproximam à velocidade da luz que um diafragma permite. Lá, tudo é ponte. Depois, a própria estrada é uma pergunta, com seu ponto de interrogação invertido numa curva, para que a conversa continue, em um sem-fim de respostas e novas indagações.
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