Quando se trata de aparelhos eletrônicos, uma infinidade de novos modelos, especificações, cores e tamanhos chegam ao mercado todo santo dia. São os gadgets –celulares, laptops, impressoras, câmeras, iPods e tantos outros. Mas no maior mercado do mundo, os Estados Unidos, 61% dos consumidores não reciclam seus gadgets “velhos”. Para onde vai tanto material? Boa parte fica esquecida em gavetas e estantes país afora. O resto vai para o lixo.
Segundo um censo realizado pela Retrevo – website que resenha e vende aparelhos eletrônicos –, 39% dos consumidores disseram reciclar todos os seu gadgets velhos. Dos que não reciclam, 26% afirmaram não ter tempo de fazê-lo, 17% alegaram não saber como reciclar e 11% disseram que não há como reciclar na área em que moram. Sete por cento admitiram não se importar se os gadgets são reciclados ou não. O censo da Retrevo recebeu input de 7500 residências sobre o consumo de eletrônicos.
Os números indicam que 54% dos cidadãos se mexeriam se fosse mais fácil reciclar. É esse mercado que almeja a ecoATM, fabricante de uma versão verde da Automated Teller Machine, ou o bom e velho “caixa eletrônico”. Funciona assim: você leva seu celular (ou outro gadget) usado para uma loja que conta com um ecoATM, o aparelho avalia seu gadget e informa o valor; se aceitar, você recebe na forma de um cupom para gastar na loja, em dinheiro, ou pode doar a uma instituição de caridade. Segundo a ecoATM, celulares usados podem render de US$ 2 a US$ 300.
A ecoATM diz que cerca de metade dos aparelhos coletados são revendidos – inclusive em países como Brasil, China e Índia. O restante é enviado para a reciclagem: são desmanchados, derretidos e os metais recuperados e reusados. Segundo o site da empresa, cerca de três toneladas deixam de ser extraídas da crosta da Terra para produzir os metais que vão em um celular. “É um montanha de terra do tamanho de um carro por um telefone que cabe no seu bolso”. Veja aqui mais sobre os metais presentes nos celulares.
Atualmente há apenas alguns ecoATMs em operação nos EUA, mas a empresa acaba de receber investimento da Coinstar, uma grande operadora de soluções automatizadas para supermercados e outros varejistas, o que deve expandir seu alcance. Se o ecoATM se tornar tão comum quanto o caixa eletrônico, qual será a desculpa para não reciclar?