Passados os festejos do fim de ano, o que fazer com o pinheiro de Natal que você adquiriu? Aqui vão algumas soluções propostas em diferentes partes do mundo:
- Para a prefeitura de Paris, o melhor é entregá-lo num dos 95 parques públicos e praças que montaram postos de coleta. Essas unidades, que já funcionam desde 2007, recebem árvores destinadas a serem moídas e empregadas como adubo. Graças a este projeto, a capital francesa recebeu 27 mil pinheiros no ano passado.
- Nos Estados Unidos, centenas de cidades organizaram serviços especiais de coleta porta-a-porta ou postos de reciclagem semelhantes aos de Paris, mobilizados para receber árvores descartadas nas semanas após o Natal. Los Angeles, por exemplo, pede que os moradores coloquem a árvore na lata de lixo verde (destinada a sobras orgânicas). Se ela não couber, poderá ser deixada na calçada para que o caminhão de coleta seletiva possa levá-la para a unidade de compostagem.
- Para a National Christmas Tree Association, que representa os produtores de pinheiros da América do Norte, problema, mesmo, só se você comprou uma árvore sintética, que poderá ser usada por alguns anos, mas, uma vez descartada, dificilmente será degradada ou reciclada. Eles fazem uma tabela comparando o seu produto aos equivalentes sintéticos, feitos com PVC derivado de petróleo e importados da China. Daí, concluem: “os nossos sim é que são amigos da natureza”. Umbra Fisk, colunista do website Grist, que já citei aqui e que discute os dilemas cotidianos de quem quer reduzir seu impacto ambiental, também prefere árvores de verdade. Ela cita os mesmos argumentos da National Christmas Tree Association – em muitos casos, as árvores sintéticas são produzidas com materiais altamente tóxicos, trazendo para o seu lar organoclorados e chumbo. Ela lembra, porém, que os pinheiros de Natal são fruto de um plantio monocultural com todos os problemas associados a essa prática. Assim, sugere que se tente investigar a sua procedência, dando preferência a árvores que vêm de uma fazenda orgânica ou de um projeto de produção familiar (um tipo de rastreamento possível em várias partes dos Estados Unidos, mas praticamente impossível no Brasil).
- Para a revista Caras, a favorita de quem sonha em pertencer à alta-sociedade, o melhor é adquirir uma árvore em vaso, regá-la diariamente e deixar num lugar ensolarado até que possa ser replantada em algum jardim próximo. O paisagista Marcelo Faisal, ouvido pela revista no Natal do ano passado, “no Dia de Reis é a tragédia natalina. Presenciamos pinheiros nos lixos. É uma coisa horrível, um atentado contra o meio ambiente, uma verdadeira atitude anti-ecológica”.
Pessoalmente, acho que a melhor solução é uma variação da sugerida por Faisal: plantar uma árvore nativa (no quintal ou em vaso) e decorá-la todos os anos. Imaginem que linda uma jaboticabeira natalina.
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E você, alguma sugestão?
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