Uma criança em cadeiras de rodas não tem direito a brincar num balanço ou num carrossel? Tem sim – mas só no Morgan’s Wonderland, o primeiro parque de diversões realmente inclusivo do mundo.
Com uma área de 100 mil metros quadrados, tem um lago, onde é possível pescar ou brincar com barcos movidos a controle remoto, um percurso off-road, e uma uma locomotiva que passa por cenas inspiradas na África e diversos países. A lista de atrações também inclui uma área para eventos, quadras de esportes e um estábulo com cavalos treinados para dar apoio terápico.
Além disso, uma área batizada de Sensory Village permite diversas simulações e interatividade. Seus ambientes reproduzem, por exemplo, um estúdio de televisão, uma oficina mecânica e uma mercearia. Ali é possível produzir música com diferentes materiais, filmar seu próprio noticiário ou dirigir um carro virtual.
Inaugurado no ano passado numa antiga pedreira de San Antonio, Texas, Estados Unidos, o parque foi concebido pelo milionário Gordon Hartman, que investiu US$ 1 milhão do próprio bolso e levantou outros U$ 29 milhões para viabilizar o projeto. Hartman conta que se inspirou na filha Morgan, de 16 anos, que tem uma série de limitações de desenvolvimento. A idéia nasceu após um episódio em que Hartman e Morgan estavam à beira de uma piscina e ele percebia que ela queria brincar na água com outras crianças, mas não conseguia se integrar por seus problemas de comunicação.
Para facilitar essa integração, o Morgan’s Wonderlend quer atrair e misturar toda sorte de indivíduos, tanto os portadores de deficiências motoras, visuais, auditivas ou intelectuais, quanto o público em geral. O acesso a cadeiras de rodas é total – há balanços, gira-giras e carrossel adaptados, rampas de acesso a trens, mesas de picnic na altura certa. E a entrada é gratuita para portadores de deficiências (embora acompanhantes tenham de pagar US$ 5).
Nesta série de vídeos publicitários (em inglês), Hartman dá detalhes sobre a concepção do projeto: parte 1, parte 2 e parte 3.