Por Amália Safatle
Na Praia de Catuama, próxima à Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, um observador atentou que o lixo ali entre pedras e areia não era legado recente da presença humana. E sim devolvido e capturado continuamente pelo vaivém das marés, jogado fora tantas vezes, tantas vezes recuperado. Daí a vontade de congelar uma fração desse movimento cíclico, em forma de retratos. Ricardo Aguiar – que, depois de 20 anos como diretor de arte em cinema, renomeou-se RAG para identificar a nova fase da carreira como artista visual –, registrou esses instantes nietzschianos do eterno retorno, em que os fatos, com seu número limitado, tendem a se repetir indefinidamente no tempo infinito.
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