As centrais nucleares americanas são ultra seguras – as autoridades do país reiteraram isso várias vezes após o acidente de Fukushima, no Japão, no ano passado. Será?
Megan Rice, uma freira idosa que já foi presa mais de 40 vezes por atos de desobediência civil, invadiu o arsenal nuclear de Oak Ridge, no estado do Tennessee, no que foi classificado por especialistas citados pelo diário The New York Times como “a maior falha de segurança de uma central nuclear nos Estados Unidos”. O local abriga o maior estoque de urânio ultra-enriquecido do país, suficente para produzir mil bombas.
Megan e dois outros militantes da causa anti-nuclear passaram por uma série de barreiras supostamente intransponíveis, inclusive cercas de arame farpado, detectores de movimento e 12 agentes de segurança, na madrugada de 28 de julho. Eles tiveram tempo de colocar sangue e cartazes com palavras de ordem nas paredes da unidade – uma construção sem janelas, cercada por altas torres de fiscalização, construída a um custo de meio bilhão de dólares. “Transformem espadas em arados”, dizia um cartaz, numa citação do Livro de Isaias. Os ativistas deverão ser julgados no começo de outubro e podem pegar 16 anos de cadeia e multas de até US$ 600 mil. No passado, a freira passou seis meses na prisão por protesto semelhante.
O que chama a atenção nesse episódio é que o grupo (todos para lá da meia-idade), embora muito motivado, não é propriamente um esquadrão ninja treinado pela KGB. Megan, por exemplo, vem de uma família abastada de Nova York e passou quase 40 anos trabalhando como professora em zonas rurais da Nigéria e de Gana. Toda a equipe de segurança da unidade foi demitida depois do vexame.[:en]
As centrais nucleares americanas são ultra seguras – as autoridades do país reiteraram isso várias vezes após o acidente de Fukushima, no Japão, no ano passado. Será?
Megan Rice, uma freira idosa que já foi presa mais de 40 vezes por atos de desobediência civil, invadiu o arsenal nuclear de Oak Ridge, no estado do Tennessee, no que foi classificado por especialistas citados pelo diário The New York Times como “a maior falha de segurança de uma central nuclear nos Estados Unidos”. O local abriga o maior estoque de urânio ultra-enriquecido do país, suficente para produzir mil bombas.
Megan e dois outros militantes da causa anti-nuclear passaram por uma série de barreiras supostamente intransponíveis, inclusive cercas de arame farpado, detectores de movimento e 12 agentes de segurança, na madrugada de 28 de julho. Eles tiveram tempo de colocar sangue e cartazes com palavras de ordem nas paredes da unidade – uma construção sem janelas, cercada por altas torres de fiscalização, construída a um custo de meio bilhão de dólares. “Transformem espadas em arados”, dizia um cartaz, numa citação do Livro de Isaias. Os ativistas deverão ser julgados no começo de outubro e podem pegar 16 anos de cadeia e multas de até US$ 600 mil. No passado, a freira passou seis meses na prisão por protesto semelhante.
O que chama a atenção nesse episódio é que o grupo (todos para lá da meia-idade), embora muito motivado, não é propriamente um esquadrão ninja treinado pela KGB. Megan, por exemplo, vem de uma família abastada de Nova York e passou quase 40 anos trabalhando como professora em zonas rurais da Nigéria e de Gana. Toda a equipe de segurança da unidade foi demitida depois do vexame.