O acesso à água tratada é direito de todos e obrigação do Estado – mas o que fazer se os serviços de saneamento tardam a chegar e as mulheres da família são obrigadas a caminhar quilômetros todos os dias, jarro d’água na cabeça, perdendo a chance de estudar e prosperar? Nos últimos anos, dezenas de milhares de pessoas cansaram de esperar e levantaram recursos via microcrédito para resolver o problema com seus próprios recursos.
O projeto WaterCredit, em parceria com diversas organizações de microcrédito da Ásia e da África, já fez quase 65 mil empréstimos de US$ 141 em média, levando água potável e saneamento básico a 378 mil pessoas da Índia, Bangladesh, Quênia e Uganda. O dinheiro é usado para adquirir ou construir encanamento, privadas, sistemas de coleta de águas pluviais, pias e poços. A taxa de inadimplência é baixíssima, como costuma ocorrer no mundo das microfinanças – há 97% de repagamento.
Um dos responsáveis pelo projeto é o ator Matt Damon (de “Gênio Indomável” e “A Identidade Bourne”), fundador da Water.org, uma não-governamental com grande poder de fogo, capacidade prodigiosa de levantamento de fundos e ambições globais. Associado a Gary White, um engenheiro com longa carreira na área, ele jogou o peso de sua fama no esforço de universalização do saneamento básico ao longo das próximas décadas. Pelos dados da entidade, 73 bilhões de horas são gastas anualmente nos países pobres no esforço de buscar água limpa – e isso tem que acabar, nem que seja com recursos privados.
“As pessoas costumam pensar que os pobres são tão miseráveis que não podem pagar pelos serviços hídricos”, declarou White, dias atrás, à agência de notícias Bloomberg, numa entrevista em que Damon também participou. “Nós encaramos os pobres como clientes potenciais.” Ele e Damon trabalham com uma estimativa de que 100 milhões de pessoas, num universo de 700 milhões a 800 milhões que não têm acesso à água, poderiam ser ajudados por este modelo de financiamento até 2020.[:en]
O acesso à água tratada é direito de todos e obrigação do Estado – mas o que fazer se os serviços de saneamento tardam a chegar e as mulheres da família são obrigadas a caminhar quilômetros todos os dias, jarro d’água na cabeça, perdendo a chance de estudar e prosperar? Nos últimos anos, dezenas de milhares de pessoas cansaram de esperar e levantaram recursos via microcrédito para resolver o problema com seus próprios recursos.
O projeto WaterCredit, em parceria com diversas organizações de microcrédito da Ásia e da África, já fez quase 65 mil empréstimos de US$ 141 em média, levando água potável e saneamento básico a 378 mil pessoas da Índia, Bangladesh, Quênia e Uganda. O dinheiro é usado para adquirir ou construir encanamento, privadas, sistemas de coleta de águas pluviais, pias e poços. A taxa de inadimplência é baixíssima, como costuma ocorrer no mundo das microfinanças – há 97% de repagamento.
Um dos responsáveis pelo projeto é o ator Matt Damon (de “Gênio Indomável” e “A Identidade Bourne”), fundador da Water.org, uma não-governamental com grande poder de fogo, capacidade prodigiosa de levantamento de fundos e ambições globais. Associado a Gary White, um engenheiro com longa carreira na área, ele jogou o peso de sua fama no esforço de universalização do saneamento básico ao longo das próximas décadas. Pelos dados da entidade, 73 bilhões de horas são gastas anualmente nos países pobres no esforço de buscar água limpa – e isso tem que acabar, nem que seja com recursos privados.
“As pessoas costumam pensar que os pobres são tão miseráveis que não podem pagar pelos serviços hídricos”, declarou White, dias atrás, à agência de notícias Bloomberg, numa entrevista em que Damon também participou. “Nós encaramos os pobres como clientes potenciais.” Ele e Damon trabalham com uma estimativa de que 100 milhões de pessoas, num universo de 700 milhões a 800 milhões que não têm acesso à água, poderiam ser ajudados por este modelo de financiamento até 2020.