Por Amália Safatle
Em São Paulo, na Rua Dona Antônia de Queirós de número 91, Hélio Forte não parece ligar para a avassaladora onda digital. Consertador de telefones novos ou antigos, trabalha há 40 anos no ramo. Tampouco a Maria Aparecida Lima, costureira desde os 12, no bairro da Bela Vista.
Quem sabe por ser o tempo a condição mais fundamental do mundo físico (mais em “Ser de fronteira”, ed. 38) o relojoeiro Baltazar Joaquim de Paula lide tão bem com a marcação de compasso dessa matéria-prima essencial, instalado que está na Rua Rocha 93 desde o ano de 1971.
Fita métrica no pescoço, Maurício Messias faz da Alfaiataria Italiana uma peça de resistência aos tempos modernos, os quais ainda não superaram o corte preciso do fato sob medida. E nem do cabelo e da barba no Salão Washington. Lá, na Rua Major Diogo 54, os irmãos Amilton Maurício e Almir Donizete há 42 anos integram uma legião de trabalhadores que fazem do ofício manual e artesanal uma maneira de resguardar a cada indivíduo a sua humanidade e história singular no mundo, em plena era dominada pela tecnociência.
[:en]Em São Paulo, na Rua Dona Antônia de Queirós de número 91, Hélio Forte não parece ligar para a avassaladora onda digital. Consertador de telefones novos ou antigos, trabalha há 40 anos no ramo. Tampouco a Maria Aparecida Lima, costureira desde os 12, no bairro da Bela Vista.
Quem sabe por ser o tempo a condição mais fundamental do mundo físico (mais em “Ser de fronteira”, ed. 38) o relojoeiro Baltazar Joaquim de Paula lide tão bem com a marcação de compasso dessa matéria-prima essencial, instalado que está na Rua Rocha 93 desde o ano de 1971.
Fita métrica no pescoço, Maurício Messias faz da Alfaiataria Italiana uma peça de resistência aos tempos modernos, os quais ainda não superaram o corte preciso do fato sob medida. E nem do cabelo e da barba no Salão Washington. Lá, na Rua Major Diogo 54, os irmãos Amilton Maurício e Almir Donizete há 42 anos integram uma legião de trabalhadores que fazem do ofício manual e artesanal uma maneira de resguardar a cada indivíduo a sua humanidade e história singular no mundo, em plena era dominada pela tecnociência.
(Fotos: Arthur Fujii)