Os automóveis que chegam ao mercado emitem cada vez menos carbono por quilômetro rodado – tendência ilustrada pelo gráfico ao lado, produzido pela Agência Ambiental Europeia. O mérito deve ser compartilhado pela indústria automobilística – que adotou conversores catalíticos a partir dos anos 90, e lentamente substitui o petróleo por fontes de energia alternativas – e os órgãos ambientais, do Brasil e lá fora, que vão apertando o torniquete ao reduzir os padrões máximos de emissão.
Na virada do milênio, os carros lançados nos EUA emitiam mais de 250 gramas de gás carbônico por quilômetro rodado. Hoje os veículos leves que chegam ao mercado global produzem menos de 200, e a norma em algumas partes do mundo, inclusive a União Europeia e o Japão, já está abaixo de 150.
Dada esta tendência, lenta mas certa, seria possível sonhar com uma frota global que simplesmente não poluísse o ar? Se dermos uma olhada nos protótipos lançados recentemente por grandes indústrias, talvez haja razão para otimismo. Um dos modelos mais promissores está sendo desenvolvido pela Tata Motors, maior montadora da Índia. O motor pneumático do Tata Airpod utiliza ar pressurizado para movimentar seus pistões. Com menos de 3 reais, é possível abastecer o veículo – uma baratinha com jeito de Romiseta e que abriga três passageiros – para que percorra 200 quilômetros a até 64 km/h, com emissão zero (veja uma reportagem a respeito, no vídeo ao lado, em inglês). A empresa está polindo a tecnologia para que possá-la lançá-la comercialmente.
Se você prefere sonhar com uma opção digna de ficção científica, capaz de quebrar paradigmas, talvez prefira os veículos movidos a tório – sim, um automóvel nuclear – em desenvolvimento pela Laser Power Systems, empresa baseada em Connecticut, nos EUA. Dada à sua densidade, o tório é capaz de gerar altas temperaturas, criando um laser que aquece água e produz vapor que movimenta uma turbina. O carro a tório sairia de fábrica com combustível suficiente para alimentá-lo durante toda a sua vida útil. Agora, se vale a pena criar uma frota que não emite carbono mas que carrega material radioativo, são outros quinhentos.[:en]
Os automóveis que chegam ao mercado emitem cada vez menos carbono por quilômetro rodado – tendência ilustrada pelo gráfico ao lado, produzido pela Agência Ambiental Europeia. O mérito deve ser compartilhado pela indústria automobilística – que adotou conversores catalíticos a partir dos anos 90, e lentamente substitui o petróleo por fontes de energia alternativas – e os órgãos ambientais, do Brasil e lá fora, que vão apertando o torniquete ao reduzir os padrões máximos de emissão.
Na virada do milênio, os carros lançados nos EUA emitiam mais de 250 gramas de gás carbônico por quilômetro rodado. Hoje os veículos leves que chegam ao mercado global produzem menos de 200, e a norma em algumas partes do mundo, inclusive a União Europeia e o Japão, já está abaixo de 150.
Dada esta tendência, lenta mas certa, seria possível sonhar com uma frota global que simplesmente não poluísse o ar? Se dermos uma olhada nos protótipos lançados recentemente por grandes indústrias, talvez haja razão para otimismo. Um dos modelos mais promissores está sendo desenvolvido pela Tata Motors, maior montadora da Índia. O motor pneumático do Tata Airpod utiliza ar pressurizado para movimentar seus pistões. Com menos de 3 reais, é possível abastecer o veículo – uma baratinha com jeito de Romiseta e que abriga três passageiros – para que percorra 200 quilômetros a até 64 km/h, com emissão zero (veja uma reportagem a respeito, no vídeo ao lado, em inglês). A empresa está polindo a tecnologia para que possá-la lançá-la comercialmente.
Se você prefere sonhar com uma opção digna de ficção científica, capaz de quebrar paradigmas, talvez prefira os veículos movidos a tório – sim, um automóvel nuclear – em desenvolvimento pela Laser Power Systems, empresa baseada em Connecticut, nos EUA. Dada à sua densidade, o tório é capaz de gerar altas temperaturas, criando um laser que aquece água e produz vapor que movimenta uma turbina. O carro a tório sairia de fábrica com combustível suficiente para alimentá-lo durante toda a sua vida útil. Agora, se vale a pena criar uma frota que não emite carbono mas que carrega material radioativo, são outros quinhentos.