Em maio, no mesmo fim de semana em que São Paulo recebeu a Virada Cultural, o Movimento Entusiasmo organizou uma versão própria e inédita do evento: a Virada Educação.
Nove espaços, como escolas públicas, bibliotecas e teatros do centro da cidade abriram suas portas para receber eventos organizados por jovens estudantes. Houve oficinas de cupcake, origami, de customização de roupas e até debate político. São atividades, segundo André Gravatá, um dos idealizadores do Movimento Entusiasmo, que motivam os alunos por serem o que realmente gostam de fazer.
Gravatá viu muita resistência das escolas à proposta. Professores indispostos a mudar sua relação com os alunos “por já estarem velhos demais” e até um aluno que disse não se sentir capaz de participar da organização de um evento como aquele.
Quando o projeto se tornou realidade, Gravatá perguntou a um outro estudante o que ficou de lição quando a Virada acabou. “Ele me disse que ali só sobrava
‘o vazio’. E eu até achei bom porque o vazio causa desconforto e é onde podemos preencher com ideias. Aqueles educadores e alunos descobriram um poder deles
mesmos e de atuação com a comunidade e que era novo. E isso é transformar as escolas com entusiasmo”, diz.