Você sonha em construir seu próprio trator, equipamento de irrigação ou impressora 3D por uma fração do preço do equivalente comercial? Seus problemas acabaram. Designers e mestres do faça-você mesmo, unidos no projeto Open Source Ecology, estão empenhados em democratizar tecnologias essenciais mas inacessíveis a quem tem pouco capital.
O grupo já disponibilizou mais de uma dezena de protótipos testados e aprovados na web, revelando todas as minúcias da execução. É possível baixar os planos, manuais, modelos em três dimensões e vídeos explicativos para construir uma pequena casa (para duas pessoas, eficiente de um ponto de vista energético), uma prensa para fazer tijolos de terra, um trator, uma serra de mesa para corte preciso de metais controlada por computador, um motor, um arado e uma impressora 3D. Para ter uma ideia do trabalho, videos como os postados ao lado mostram o passo-a-passo da construção de uma casa (com tijolos prensados artesanalmente) ou da montagem de um motor polivalente, que pode ser usado tanto em veículos quanto nos outros equipamentos desenvolvidos de modo colaborativo. Infelizmente, todo o conteúdo está em inglês, mas você pode entender a proposta graças a este vídeo, legendado em português.
Cada protótipo passa por várias versões que agregam as contribuições voluntárias daqueles que tentaram executá-lo em várias partes do mundo. Esse esforço visa não só mais eficiência mas também o barateamento da unidade. Em muitos casos, o produto final é menos de 25% do equivalente comercial, sobretudo se as horas dedicadas não forem incluídas no cálculo.
A meta final do idealizador da Open Source Ecology, Marcin Jakubowski, um polonês radicado nos EUA, é promover a auto-suficiência tecnológica, tornando acessíveis 50 tecnologias modulares e intercambiáveis, consideradas essenciais para a criação de uma comunidade totalmente autônoma (ou uma “civilização”, como eles preferem dizer). Ele entende que isto permitirá acelerar a inovação e valorizar materiais disponíveis localmente.
A Open Source Ecology foi matéria da Flávia Pardini aqui na Página 22 quando ainda engatinhava, em 2011 (Kit civilização). Desde então, a iniciativa chegou a uma dezena de países, inclusive a Itália, a Eslovênia e a Guatemala. A ideia é bárbara – mas será que tem chance de pegar? Como escreve Emily Eakin, em artigo publicado na revista The New Yorker do fim do ano passado, o problema é que “aqueles que vão à fazenda [no estado americano do Missouri, onde Jakubowski desenvolve seus projetos demonstrativos] geralmente tem muito mais entuisiamo por suas ideias do que habilidade no manejo do torno ou da serra”. E aí, você se anima?[:en]Você sonha em construir seu próprio trator, equipamento de irrigação ou impressora 3D por uma fração do preço do equivalente comercial? Seus problemas acabaram. Designers e mestres do faça-você mesmo, unidos no projeto Open Source Ecology, estão empenhados em democratizar tecnologias essenciais mas inacessíveis a quem tem pouco capital.
O grupo já disponibilizou mais de uma dezena de protótipos testados e aprovados na web, revelando todas as minúcias da execução. É possível baixar os planos, manuais, modelos em três dimensões e vídeos explicativos para construir uma pequena casa (para duas pessoas, eficiente de um ponto de vista energético), uma prensa para fazer tijolos de terra, um trator, uma serra de mesa para corte preciso de metais controlada por computador, um motor, um arado e uma impressora 3D. Para ter uma ideia do trabalho, videos como os postados ao lado mostram o passo-a-passo da construção de uma casa (com tijolos prensados artesanalmente) ou da montagem de um motor polivalente, que pode ser usado tanto em veículos quanto nos outros equipamentos desenvolvidos de modo colaborativo. Infelizmente, todo o conteúdo está em inglês, mas você pode entender a proposta graças a este vídeo, legendado em português.
Cada protótipo passa por várias versões que agregam as contribuições voluntárias daqueles que tentaram executá-lo em várias partes do mundo. Esse esforço visa não só mais eficiência mas também o barateamento da unidade. Em muitos casos, o produto final é menos de 25% do equivalente comercial, sobretudo se as horas dedicadas não forem incluídas no cálculo.
A meta final do idealizador da Open Source Ecology, Marcin Jakubowski, um polonês radicado nos EUA, é promover a auto-suficiência tecnológica, tornando acessíveis 50 tecnologias modulares e intercambiáveis, consideradas essenciais para a criação de uma comunidade totalmente autônoma (ou uma “civilização”, como eles preferem dizer). Ele entende que isto permitirá acelerar a inovação e valorizar materiais disponíveis localmente.
A Open Source Ecology foi matéria da Flávia Pardini aqui na Página 22 quando ainda engatinhava, em 2011 (Kit civilização). Desde então, a iniciativa chegou a uma dezena de países, inclusive a Itália, a Eslovênia e a Guatemala. A ideia é bárbara – mas será que tem chance de pegar? Como escreve Emily Eakin, em artigo publicado na revista The New Yorker do fim do ano passado, o problema é que “aqueles que vão à fazenda [no estado americano do Missouri, onde Jakubowski desenvolve seus projetos demonstrativos] geralmente tem muito mais entuisiamo por suas ideias do que habilidade no manejo do torno ou da serra”. E aí, você se anima?