A Veolia, multinacional francesa dedicada ao tratamento de água e resíduos, descobriu uma mina de platina nas ruas da Grã-Bretanha. A empresa investiu num sistema capaz de separar diferentes resíduos coletados pelas equipes de varrição, o que rende 100 mil libras (cerca de R$ 422 mil) anuais com a venda de platina, paládio e ródio extraídos da poeira que seria destinada a aterros sanitários. Quantidades ínfimas desses metais são emitidas pelos catalisadores instalados no escapamento dos veículos, mas elas acabam se acumulando em volumes de interesse comercial.
Segundo Estelle Brachlianoff, vice-presidente da empresa para a Grã-Bretanha e a Irlanda, em entrevista ao site francês Actu-Environnement, a concentração desses metais nobres no asfalto é comparável à das jazidas onde eles são minerados. “No passado, 100% das 165 mil toneladas de resíduos que coletamos iam para a disposição final, mas hoje apenas 10%, a parte realmente residual [bitucas de cigarro, por exemplo], vai para aterros”, diz. O restante, resíduos inertes (terra, poeira), matéria orgânica (fezes de cachorros, folhas secas) e recicláveis mais convencionais (copos de papel, garrafas), é reintegrado ao mercado.
A Veolia investiu 3 milhões de libras (R$ 12,7 milhões) numa usina em Warwickshire, condado no centro da Inglaterra. A unidade adotou uma série de processos de separação que inclui fases secas e úmidas que Brachlianoff evita esmiuçar. O investimento já se pagou, graças à comercialização da maioria dos resíduos coletados para produtores de fertilizantes, empresas de construção civil ou recicladores. A empresa também se beneficia ao reduzir os gasto com disposição final. Afinal, na Grã-Bretanha, os aterros sanitários cobram caro, cerca de 100 libras (R$ 422) por toneladas descartada – a minimização do uso desse serviço faz grande diferença no balanço final da empresa. No fim, a Veolia tornou-se mais competitiva e pode baixar seus preços.
Os investimentos na usina de Warwickshire são apenas o começo de um plano ambicioso. A empresa estima que poderá recupera 1,5 toneladas de platina, 1,3 toneladas de paládio e 800 quilos de ródio a cada ano se expandir esse modelo para o resto da Grã-Bretanha. Esses volumes garantiriam ingressos da ordem de US$ 123 milhões, pelos cálculos da agência Bloomberg.[:en]
A Veolia, multinacional francesa dedicada ao tratamento de água e resíduos, descobriu uma mina de platina nas ruas da Grã-Bretanha. A empresa investiu num sistema capaz de separar diferentes resíduos coletados pelas equipes de varrição, o que rende 100 mil libras (cerca de R$ 422 mil) anuais com a venda de platina, paládio e ródio extraídos da poeira que seria destinada a aterros sanitários. Quantidades ínfimas desses metais são emitidas pelos catalisadores instalados no escapamento dos veículos, mas elas acabam se acumulando em volumes de interesse comercial.
Segundo Estelle Brachlianoff, vice-presidente da empresa para a Grã-Bretanha e a Irlanda, em entrevista ao site francês Actu-Environnement, a concentração desses metais nobres no asfalto é comparável à das jazidas onde eles são minerados. “No passado, 100% das 165 mil toneladas de resíduos que coletamos iam para a disposição final, mas hoje apenas 10%, a parte realmente residual [bitucas de cigarro, por exemplo], vai para aterros”, diz. O restante, resíduos inertes (terra, poeira), matéria orgânica (fezes de cachorros, folhas secas) e recicláveis mais convencionais (copos de papel, garrafas), é reintegrado ao mercado.
A Veolia investiu 3 milhões de libras (R$ 12,7 milhões) numa usina em Warwickshire, condado no centro da Inglaterra. A unidade adotou uma série de processos de separação que inclui fases secas e úmidas que Brachlianoff evita esmiuçar. O investimento já se pagou, graças à comercialização da maioria dos resíduos coletados para produtores de fertilizantes, empresas de construção civil ou recicladores. A empresa também se beneficia ao reduzir os gasto com disposição final. Afinal, na Grã-Bretanha, os aterros sanitários cobram caro, cerca de 100 libras (R$ 422) por toneladas descartada – a minimização do uso desse serviço faz grande diferença no balanço final da empresa. No fim, a Veolia tornou-se mais competitiva e pode baixar seus preços.
Os investimentos na usina de Warwickshire são apenas o começo de um plano ambicioso. A empresa estima que poderá recupera 1,5 toneladas de platina, 1,3 toneladas de paládio e 800 quilos de ródio a cada ano se expandir esse modelo para o resto da Grã-Bretanha. Esses volumes garantiriam ingressos da ordem de US$ 123 milhões, pelos cálculos da agência Bloomberg.