Por Amália Safatle
Tem horas em que a gente precisa chegar à profundidade do poço para conseguir lidar com uma determinada situação. Explorar a tragédia, para ver se dali sai alguma reação. A água é um elemento simbólico demais porque não está só no viver de cada dia, vai da sobrevivência básica ao etéreo, é emoção, existência, essência. A falta dela deixa tudo em suspenso. Tem cor de ameaça, pega fundo no peito. É humilhante.
Bruno lembra do pai geólogo, da faculdade de Biologia que cursou, da primeira exposição na vida como fotógrafo, usando a água como mote. Uma mistura de sentimentos ganha tons de chumbo nesse registro de um 2015 sombrio. Para sair da paralisia, ele foi na fonte enfrentar a dureza da imagem. Queria sentir com os próprios olhos. As lentes não mentiram, a realidade estava lá para ser vista e sofrida.
[:en]Tem horas em que a gente precisa chegar à profundidade do poço para conseguir lidar com uma determinada situação. Explorar a tragédia, para ver se dali sai alguma reação. A água é um elemento simbólico demais porque não está só no viver de cada dia, vai da sobrevivência básica ao etéreo, é emoção, existência, essência. A falta dela deixa tudo em suspenso. Tem cor de ameaça, pega fundo no peito. É humilhante.
Bruno lembra do pai geólogo, da faculdade de Biologia que cursou, da primeira exposição na vida como fotógrafo, usando a água como mote. Uma mistura de sentimentos ganha tons de chumbo nesse registro de um 2015 sombrio. Para sair da paralisia, ele foi na fonte enfrentar a dureza da imagem. Queria sentir com os próprios olhos. As lentes não mentiram, a realidade estava lá para ser vista e sofrida.