Em 2050, os oceanos da Terra poderão ter mais plásticos do que peixes em termos de peso. O recado é do Fórum Econômico Mundial, que acontece nesta semana em Davos, na Suíça.
O plástico se tornou um dos materiais mais populares do mundo, que combina funcionaçidade e custos baixíssimos de produção. Seu uso aumentou em praticamente 20 vezes nos últimos 50 anos, e espera-se que ele dobre novamente nas próximas duas décadas. No entanto, segundo relatório publicado pelo Fórum nesta terça (19/01), apenas 14% das embalagens de plástico do mundo é coletada para reciclagem – para efeitos de comparação, 58% do papel produzido no mundo acaba destinado para reciclagem; no caso de ferro e outros metais, esse índice chega a 90%.
Para piorar, quase 1/3 de todas as embalagens de plástico acabam inutilizadas na natureza, uma perda que gera prejuízos entre 80 a 120 bilhões de dólares anuais.
A tendência para o futuro é preocupante. Na medida em que o consumo de plástico aumentará bastante nos próximos anos, a representatividade desse material no chamado “orçamento do carbono” também crescerá. O Fórum Econômico Mundial estima que, até 2050, os plásticos poderão consumir 15% desse orçamento global, comparado ao 1% que ele consome hoje. Num mundo que se prepara para reduzir massivamente suas emissões nas próximas décadas, o plástico pode ser um vilão e tanto para essas pretensões.
De acordo com o relatório publicado pelo Fórum, a única forma de evitar um desastre é investir massivamente na economia desse material e na infraestrutura de coleta e reciclagem em todo o mundo, particularmente nos países mais pobres. Se não houver avanços nessas frentes, os oceanos do planeta servirão como verdadeiros lixões flutuantes, nos quais existirão mais plásticos do que peixes.[:en]
Em 2050, os oceanos da Terra poderão ter mais plásticos do que peixes em termos de peso. O recado é do Fórum Econômico Mundial, que acontece nesta semana em Davos, na Suíça.
O plástico se tornou um dos materiais mais populares do mundo, que combina funcionaçidade e custos baixíssimos de produção. Seu uso aumentou em praticamente 20 vezes nos últimos 50 anos, e espera-se que ele dobre novamente nas próximas duas décadas. No entanto, segundo relatório publicado pelo Fórum nesta terça (19/01), apenas 14% das embalagens de plástico do mundo é coletada para reciclagem – para efeitos de comparação, 58% do papel produzido no mundo acaba destinado para reciclagem; no caso de ferro e outros metais, esse índice chega a 90%.
Para piorar, quase 1/3 de todas as embalagens de plástico acabam inutilizadas na natureza, uma perda que gera prejuízos entre 80 a 120 bilhões de dólares anuais.
A tendência para o futuro é preocupante. Na medida em que o consumo de plástico aumentará bastante nos próximos anos, a representatividade desse material no chamado “orçamento do carbono” também crescerá. O Fórum Econômico Mundial estima que, até 2050, os plásticos poderão consumir 15% desse orçamento global, comparado ao 1% que ele consome hoje. Num mundo que se prepara para reduzir massivamente suas emissões nas próximas décadas, o plástico pode ser um vilão e tanto para essas pretensões.
De acordo com o relatório publicado pelo Fórum, a única forma de evitar um desastre é investir massivamente na economia desse material e na infraestrutura de coleta e reciclagem em todo o mundo, particularmente nos países mais pobres. Se não houver avanços nessas frentes, os oceanos do planeta servirão como verdadeiros lixões flutuantes, nos quais existirão mais plásticos do que peixes.
Bruno Toledo