As mulheres estão adequadamente retratadas nos filmes? A pornografia é necessariamente prejudicial para a bandeira feminista? A sexualidade da mulher é apenas uma questão de saúde? Quando a publicidade deixará de explorar o corpo feminino para vender produtos? Navegue por links que respondem a estas e outras questões.
– O Teste de Bechdel avalia a presença da mulher em filmes, analisando se as personagens femininas foram construídas como sujeito da história ou se existem apenas em função dos personagens masculinos. São três os pontos avaliados: se há mais de uma personagem no filme, se elas conversam entre si e se conversam sobre algum assunto que não gire em torno de homens. Vários clássicos não passam no teste (vale dizer que não entra no mérito se o filme é “bom” ou “ruim”). Assista abaixo.
-Já algumas animações para a criançada abordam gênero, etnia e orientação sexual sem reproduzir preconceitos. Segundo reportagem publicada no jornal Nexo, são desenhos dos canais Cartoon Network e Nickelodeon que fogem de estigmas ao apresentar questões sobre identidade. Saiba aqui quais são esses desenhos.
–Esta reportagem da revista Nova Cosmopolitan avisa que existem pelo menos nove motivos para assistir ao filme She’s Beautiful When She’s Angry, lançado em 2014. De acordo com a matéria, o filme ilumina a luta de mulheres poderosas que encabeçaram o movimento feminista entre 1966 e 1971 nos Estados Unidos.
-Mulheres que mudaram o mundo e ainda conquistaram um Prêmio Nobel. Literatura, ciência, paz, direitos humanos: elas dão conta de tudo. Assista abaixo.
-No Brasil, a vida de uma das principais ativistas dos direitos das prostitutas virou filme. Trata-se de Um Beijo para Gabriela, da diretora Laura Murray. Diz a sinopse: “Filha da contracultura dos anos 70, trocou a faculdade de Ciências Sociais pela prostituição”.
-A indústria pornográfica deu um passo inédito, segundo esta reportagem do jornal Nexo: o Pornhub, um dos maiores sites de conteúdo pornô do mundo, lançou em fevereiro uma iniciativa de educação sexual, por meio da seção Sexual Wellness Center. “O conteúdo traz vídeos, textos e respostas a dúvidas sobre consentimento, saúde reprodutiva, sexo saudável, relacionamentos e doenças sexualmente transmissíveis.”
-Mesmo assim, a pornografia causa muitas controvérsias. Este texto da jornalista Thamires Motta traz a seguinte provocação em um trecho: “Na última semana, alguns posts viralizaram depois de sugerir que as pessoas buscassem a palavra ‘enteadas’ no Google. O resultado é bem chocante: as três primeiras páginas revelam a quantidade de conteúdos pornográficos relacionados à pesquisa. Na terceira página, mesclam-se a pornografia e… notícias sobre estupro”.
–Este outro texto fala sobre a dificuldade de garotas por volta dos seus 15 anos em lidar com meninos viciados em pornografia. Leia na tradução do original em inglês: “Elas descrevem que são classificadas na escola com base em seus corpos, e que às vezes são comparadas a atrizes de filme pornô. Elas sabem que não podem competir, mas isso também não as impede de achar que têm de competir entre si. A procura por cirurgias genitais triplicou em pouco mais de uma década entre jovens mulheres com idade entre 15 e 19 anos. Garotas que não se submetem ao tipo de depilação inspirada pela pornografia geralmente são consideradas feias, sujas ou nojentas pelos garotos, e também por outras garotas”.
-E por falar em cirurgias genitais, esta reportagem de The Huffington Post aborda a labioplastia vaginal, com um título que ao mesmo tempo serve de conselho e de alerta: “Mulheres, não há nada errado com as nossas vaginas”.
-A nova sensação nos grupos de WhatsApp é: manda nude, amiga. O movimento vem da mulherada cansada de ser vítima de parceiros vingativos, machistas ou possessivos. E ao mesmo tempo curte a tranquilidade de trocar intimidades e imagens de nudez com as amigas de confiança, sem ligar para imperfeições, deixando pra lá a imposição dos corpos plásticos.
-Um painel de palestras TED com quatro visões sobre pornografia e suas implicações. Assista a todos aqui.
-E descubra neste blog que este não é um assunto só de homem. O Ada – nome que homenageia a primeira pessoa que programou um computador, uma mulher (Ada Lovelace) – fez pesquisa anônima entre quase 600 entrevistadas para entender qual é a internet erótica delas. Descobriu que 25% consomem pornografia três vezes por semana. Diante disso, criou um guia voltado para a demanda feminina, recheado de dicas.
-Nessa mesma linha, o grupo OMGYes (Oh My God, Yes) busca desmistificar e adotar uma postura honesta em relação às diferentes formas que as mulheres sentem prazer. Acesse a versão em português aqui.
–Reportagem da revista AzMina pergunta: “Por que a sexualidade da mulher é tratada como questão de saúde? Tabus e mitos colocam o prazer feminino constantemente no consultório médico. Entre exames desnecessários e falta de informação, uma nova ginecologia vem ganhando espaço”.
Você sabia que…
… o sexo pago pode ser subsidiado pelo governo? Um porta-voz do Partido Verde alemão defende a assistência sexual subvencionada para portadores de deficiência ou doentes graves que não podem pagar por isso. Assista ao vídeo abaixo.
… é mais fácil entrar em um museu como musa despida do que como um artista de nome feminino? Em 1985, apenas 5% dos artistas no Metropolitan de Nova York eram mulheres, enquanto 85% dos nus eram femininos. Os números de hoje ainda não são muito diferentes. Arte, substantivo feminino? Só que não. Veja por que neste vídeo abaixo.
… campanhas publicitárias sexistas poderão levar multa? Um projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados estima penalidades de até R$ 200 mil para campanhas cujo conteúdo estimule violência contra a mulher. O PL nº 6.191/16 é de autoria Erika Kokay (PT-DF). No texto, a deputada explica que o objetivo é a “vedação à publicidade de cunho misógino, sexista ou estimuladora de agressão ou violência sexual”. Saiba mais nesta reportagem de Meio&Mensagem.