Projetos de aproveitamento da energia solar parecem estar pipocando por toda parte. Esta semana, soube de pelo menos sete boas notícias nesse departamento. Vejam só:
- A GE, grupo que já está entre os líderes na fabricação de geradores eólicos, anunciou que vai investir US$ 600 milhões na construção da maior indústria de painéis solares dos Estados Unidos, com capacidade para produzir anualmente unidades que gerarão 4oo MW. Ela deverá ser inaugurada em 2013 em local a ser definido.
- A Índia vai construir a primeira central de geração solar offshore numa plataforma flutuante – modelo semelhante ao adotado por unidades de geração eólica em vários países. O projeto foi desenvolvido pela empresa australiana Sunengy, que acaba de fechar parceria com a indiana Tata Power. A construção da unidade piloto deverá começar em agosto segundo o website New Kerala.
- Organizações humanitárias que atuam na África estão levantando recursos para expandir a penetração dessas tecnologias em regiões sem acesso à energia elétrica. É, como se diz em inglês, “the gift that keeps giving”, o presente que será útil por muitos anos. Se essas comunidade têm acesso a uma fonte segura e barata (gratuita nunca é, já que os gastos com manutenção podem ser relevantes), podem criar pequenos negócios, conservar vacinas e alimentos a baixas temperaturas, criar salas de aula noturnas e uma longa lista de etceteras. Um dos projetos mais bem sucedidos nessa linha é tocado pela ONG britânica Solar Aid, que levou luz a 100 mil pessoas nos últimos quatro anos graças a um repasse da ordem de 1,5 milhão de libras esterlinas. Mas há quem critique esse modelo, dizendo que ele teria um lado negativo para a economia local: a única empresa haitiana do setor, a Enersa, está sucumbindo diante da enxurrada de painéis norte-americanos, doados para ajudar a conter a violência e os estupros que se multiplicaram após o terremoto ocorrido há pouco mais de um ano.
- O zoológico de Cincinatti, no estado norte-americano de Ohio, acaba de inaugurar uma marquise coberta com 6.400 painéis solares (1,56 megawatts) sobre o seu estacionamento.
- Acaba de chegar ao mercado dos Estados Unidos o Bolt, carregador solar com design que combina com um computador da Apple, produzido pela Solio. Se deixado próximo a uma janela, ele pode acumular em um período de oito ou dez horas energia suficiente para carregar um pequeno equipamento eletrônico, como um leitor de MP3. Ainda é muito pouco – mas vai chegar o dia que teremos televisões solares em todas as casas situadas nos trópicos. Pode escrever.
- Philip Ditchfield, cidadão de Marlow, Inglaterra, resolveu convencer 100 pessoas a instalar painéis solares em suas casas – seguindo o seu próprio exemplo. Ele criou a Solar 100, uma cooperativa de consumidores que conseguiu baratear os custos da tecnologia e obter assessoria técnica extra. Mais de 180 famílias já se inscreveram.
- E, finalmente, em outra cidade britânica, Lewes, a comunidade está fazendo uma vaquinha para instalar 544 painéis fotovoltaicos sobre o telhado de uma cervejaria local e ampliar sua auto-suficiência energética.
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