Por Amália Safatle
Dípticos são quadros pintados ou esculpidos em dois panos ou tábuas que se dobram, reza a definição. Aqui, a dobradura serve também para criar pares de lugares diferentes, mas similares em sua oposição ou complementaridade. Noite e dia, convexos e côncavos, o concreto armado e a mata desarmada.
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O fotógrafo Ding Musa nos conta sobre o prazer de construir imagens sem tempo ou referência. Em vez de representar um lugar que existe, prefere retratar uma ideia de lugar. Pois os locais de referência cansam, enquanto a ideia permanece. O díptico também está no material e imaterial. “Apesar de tentar fugir das coisas, a fotografia sempre acaba precisando delas para existir”, diz.
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