A Agência Ambiental Americana, a EPA, anunciou hoje, após semanas de especulação, seu Clean Power Plan, iniciativa sem precedentes que visa reduzir as emissões de gás carbônico das termelétricas a carvão em quase um terço. É a primeira vez que o governo dos Estados Unidos impõe restrições de emissões de carbono às 1.600 usinas em operação no país, responsáveis por cerca de 40% do carbono emitido nos EUA. A dinamarquesa Connie Hedegaard, comissária da União Europeia responsável pelas questões climáticas, saudou o plano, que considera “a ação de maior impacto já tomada pelo governo dos Estados Unidos”.
O parto da iniciativa foi longo, como ocorre com todas as políticas ambientais do governo Obama, que enfrentam oposição feroz e sistemática dos republicanos. Há exatamente um ano o presidente vinha anunciando que pretendia impor um teto de emissões para as termelétricas.
O documento, um calhamaço de 645 páginas, determina que os estados reduzam suas emissões em cerca de 26% até 2020 e em 3o% até 2030, com base nos níveis registrados em 2005. Para alcançar tais metas, os estados podem lançar mão de vários instrumentos, como impor às termelétricas medidas de eficiência energética, a substituição do carvão por gás, melhorias nos seus processos ou investimentos em energias renováveis (inclusive a nuclear). A EPA calcula que o custo anual desse esforço poderá chegar a US$ 8,8 bilhões.
O Clean Power Plan reduzirá o peso do carvão na matriz energética americana, que será progressivamente substituído pelo gás de xisto e o gás natural convencional, além de energias renováveis, inclusive a nuclear. A previsão é que isso ajudará a reduzir as emissões dos EUA em 6% até 2020, tomando como base os volumes emitidos em 2005.
Graças às novas medidas, os Estados Unidos terão a chance de fazer sua parte no cumprimento das metas internacionais de combate às mudanças climáticas e, com isso, terão condições morais de cobrar o mesmo de outros grandes poluidores, como a China e a Índia. Em discurso na academia militar de elite de West Point na semana passada, o presidente Barack Obama admitiu: “a influência americana é mais forte quando lideramos pelo exemplo. Não podemos nos isentar de regras que se aplicam a todos os outros”.[:en]
A Agência Ambiental Americana, a EPA, anunciou hoje, após semanas de especulação, seu Clean Power Plan, iniciativa sem precedentes que visa reduzir as emissões de gás carbônico das termelétricas a carvão em quase um terço. É a primeira vez que o governo dos Estados Unidos impõe restrições de emissões de carbono às 1.600 usinas em operação no país, responsáveis por cerca de 40% do carbono emitido nos EUA. A dinamarquesa Connie Hedegaard, comissária da União Europeia responsável pelas questões climáticas, saudou o plano, que considera “a ação de maior impacto já tomada pelo governo dos Estados Unidos”.
O parto da iniciativa foi longo, como ocorre com todas as políticas ambientais do governo Obama, que enfrentam oposição feroz e sistemática dos republicanos. Há exatamente um ano o presidente vinha anunciando que pretendia impor um teto de emissões para as termelétricas.
O documento, um calhamaço de 645 páginas, determina que os estados reduzam suas emissões em cerca de 26% até 2020 e em 3o% até 2030, com base nos níveis registrados em 2005. Para alcançar tais metas, os estados podem lançar mão de vários instrumentos, como impor às termelétricas medidas de eficiência energética, a substituição do carvão por gás, melhorias nos seus processos ou investimentos em energias renováveis (inclusive a nuclear). A EPA calcula que o custo anual desse esforço poderá chegar a US$ 8,8 bilhões.
O Clean Power Plan reduzirá o peso do carvão na matriz energética americana, que será progressivamente substituído pelo gás de xisto e o gás natural convencional, além de energias renováveis, inclusive a nuclear. A previsão é que isso ajudará a reduzir as emissões dos EUA em 6% até 2020, tomando como base os volumes emitidos em 2005.
Graças às novas medidas, os Estados Unidos terão a chance de fazer sua parte no cumprimento das metas internacionais de combate às mudanças climáticas e, com isso, terão condições morais de cobrar o mesmo de outros grandes poluidores, como a China e a Índia. Em discurso na academia militar de elite de West Point na semana passada, o presidente Barack Obama admitiu: “a influência americana é mais forte quando lideramos pelo exemplo. Não podemos nos isentar de regras que se aplicam a todos os outros”.