Por Amália Safatle
O chute inicial foi mero acaso. Enviado por uma revista de bordo ao Irã, o fotógrafo, jornalista e guia Caio Vilela registrou a criançada jogando futebol ao ar livre na cidade de Yazd. A imagem singela era uma espécie de contraponto à campanha capitaneada pela dinastia Bush, que alinhava o país islâmico ao “Eixo do Mal”. E dali a bola não parou mais de rolar, ignorando toda a geopolítica. Pouco importa se amigos ou inimigos, os países têm ali, naquela esfera, a representação da unidade, da paz de pertencer a um planeta único. O que começou na cena em Yazd virou uma carreira para Caio, hoje autor dos livros Futebol Sem Fronteiras (Panda Books, 2009) e Onde Mora o Futebol (Cultura Sustentável, 2014). A bola o conduziu a todos os continentes.
Mas como estar no momento e lugar certos para capturar o jogo que tantas vezes nasce ali, espontâneo, informal, dinâmico, como é o futebol em seu estado mais puro? “Cinco da tarde é um horário mágico”, revela. Ele conta que por volta das 17 horas a bola parece brotar do chão, e logo se vê um jogo tomando conta de algum canto do mundo. Caio não liga para as formalidades do futebol, nunca conseguiu assistir a uma partida inteira pela TV e nem sabe a escalação de seu time. Mas quer continuar capturando pelo resto da vida essa alma do futebol que percorre o globo.
[:en]O chute inicial foi mero acaso. Enviado por uma revista de bordo ao Irã, o fotógrafo, jornalista e guia Caio Vilela registrou a criançada jogando futebol ao ar livre na cidade de Yazd. A imagem singela era uma espécie de contraponto à campanha capitaneada pela dinastia Bush, que alinhava o país islâmico ao “Eixo do Mal”. E dali a bola não parou mais de rolar, ignorando toda a geopolítica. Pouco importa se amigos ou inimigos, os países têm ali, naquela esfera, a representação da unidade, da paz de pertencer a um planeta único. O que começou na cena em Yazd virou uma carreira para Caio, hoje autor dos livros Futebol Sem Fronteiras (Panda Books, 2009) e Onde Mora o Futebol (Cultura Sustentável, 2014). A bola o conduziu a todos os continentes.
Mas como estar no momento e lugar certos para capturar o jogo que tantas vezes nasce ali, espontâneo, informal, dinâmico, como é o futebol em seu estado mais puro? “Cinco da tarde é um horário mágico”, revela. Ele conta que por volta das 17 horas a bola parece brotar do chão, e logo se vê um jogo tomando conta de algum canto do mundo. Caio não liga para as formalidades do futebol, nunca conseguiu assistir a uma partida inteira pela TV e nem sabe a escalação de seu time. Mas quer continuar capturando pelo resto da vida essa alma do futebol que percorre o globo.