Nos próximos meses, as eleições deverão esquentar os debates sobre investimentos em infraestrutura e os caminhos do crescimento do País, especialmente em temas sensíveis e estratégicos, como logística e oferta de energia e de água.
A PÁGINA22 defende que esse debate seja feito à luz do desenvolvimento local: uma vez que determinados empreendimentos entraram na agenda nacional – alguns já estão em curso e outros estarão no futuro próximo –, é necessário buscar formas de minimizar impactos socioambientais negativos e maximizar os positivos, aproveitando a imensa oportunidade de levar saltos de qualidade às regiões nas quais as obras se dão.
Para isso, não há caminho melhor senão o de buscar ações orquestradas entre os diversos atores – população local, governos, empresas, sociedade civil organizada–, vislumbrando o longo prazo. Que futuro se almeja para as populações e regiões impactadas? Qual sistema de governança é o mais indicado para que esse planejamento seja implementado? Como antecipar investimentos de modo a preparar a região para receber obras de grande porte? Como lidar com os impactos em lugares nos quais as obras já estão em andamento?
Essas e outras questões são abordadas na Entrevista e em reportagens desta edição. Em face das múltiplas realidades brasileiras, escolhemos casos concretos em regiões (Sudeste, Norte e Nordeste) e cenários diferentes, desde o urbano (exploração do pré-sal na Baixada Santista) até o amazônico (complexo de obras na Bacia do Tapajós), passando pelo Sertão (Transposição do Rio Francisco).
Boa leitura!