Na estratégia de redução de emissões estipulada pelo governo federal para a agricultura brasileira até 2020, a Amazônia Legal é essencial para a obtenção de resultados positivos. No entanto, essa região abarca apenas 20% do total de recursos contratados pelo Programa ABC – a principal linha de financiamento para a agricultura de baixo carbono no Brasil – desde a safra 2010/11 até a safra 2014/15, aponta relatório publicado pelo Observatório ABC em maio.
Sozinha, a Amazônia Legal – que compreende nove estados do Norte, Centro-Oeste e Nordeste – possui o potencial de atingir a meta de redução de carbono para a agricultura em 2020, estipulada no Plano ABC (133,9 milhões a 162,9 milhões de toneladas de CO2eq), em cerca de três anos. “Esse resultado só seria alcançado caso as tecnologias de baixa emissão de carbono fossem implementadas integralmente e com alto grau de qualidade em toda a área hoje ocupada por atividades agropecuárias ou desmatada”, afirma Angelo Gurgel, coordenador do Observatório ABC. “Além disso, o governo precisa resolver entraves como a regularização fundiária e ambiental”, diz.
Para exemplificar essas dificuldades, o relatório trouxe um estudo de caso sobre Paragominas, município que possui 11% do total de pastagens degradadas do Pará e está próximo ao arco de desmatamento da Amazônia Legal. A cidade apresenta os mesmos problemas identificados nacionalmente em estudos anteriores do Observatório ABC: além da regularização fundiária, a baixa atuação e capacitação da assistência técnica, a falta de proximidade do Grupo Gestor Estadual do Plano ABC aos produtores locais e a pouca divulgação da linha de crédito do Programa ABC dificultam o acesso ao financiamento.
O relatório, que contou com a participação técnica do GVces, levantou a aplicação dos recursos nos primeiros oito meses da safra 2014/2015, quando foram desembolsados cerca de R$ 2,5 bilhões (56% do total alocado para o Programa). A maior parte foi demandada pelo Centro-Oeste (36,3%) e o Sudeste (32%), bem à frente das regiões Sul (11,3%), Nordeste (11%) e Norte (9,5%).
Mais informações aqui.
Internacionalização a partir da sustentabilidade
O projeto Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Globais de Valor (ICV Global) realizou em maio um evento especial para marcar a conclusão de seu primeiro ciclo de atividades. Parceria entre GVces e a Apex-Brasil, o projeto tem como meta criar bases para a internacionalização de micros, pequenas e médias empresas, que se diferenciam por seus atributos de inovação e sustentabilidade.
Para Ana Coelho, pesquisadora do GVces e gestora do projeto, “a internacionalização da sustentabilidade como estratégia de negócio e a oferta de produtos e serviços que tenham incorporados atributos socioambientais são certamente fonte de vantagem competitiva”.
A publicação com os resultados finais do trabalho está disponível na biblioteca do site do GVces.
SINTONIZANDO
Crise hídrica é destaque Do “Bode na Sala”
Reunindo representantes de diferentes setores e áreas de conhecimento, Página22 promoveu em 27 de maio a 2ª edição do Bode na Sala, desta vez sobre a crise hídrica que aflige diversos estados brasileiros desde o ano passado. O evento foi uma oportunidade importante para discutir o tema de forma construtiva e reflexiva, considerando os problemas e as visões dos diversos atores envolvidos nessa questão. Confira os destaques aqui.
Revitalização da Praça Gino Struffaldi
Inspirados pelo desafio apresentado aos alunos da turma inSPira, da 10ª edição da disciplina eletiva Formação Integrada para Sustentabilidade (FIS 10), um grupo de estudantes da FGV e da Universidade Mackenzie uniu-se para revitalizar a Praça Capitão Gino Struffaldi, em frente à sede da Fecomercio, ao lado da Praça 14-Bis, na Bela Vista, em São Paulo.
Por enquanto, o grupo está estudando o local e a demanda dos frequentadores, além de buscar ajuda para realizar essa tarefa. Se você tiver interesse em participar e contribuir para a recuperação da praça, entre em contato pelo e-mail pracastruffaldi@googlegroups.com.
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Na estratégia de redução de emissões estipulada pelo governo federal para a agricultura brasileira até 2020, a Amazônia Legal é essencial para a obtenção de resultados positivos. No entanto, essa região abarca apenas 20% do total de recursos contratados pelo Programa ABC – a principal linha de financiamento para a agricultura de baixo carbono no Brasil – desde a safra 2010/11 até a safra 2014/15, aponta relatório publicado pelo Observatório ABC em maio.
Sozinha, a Amazônia Legal – que compreende nove estados do Norte, Centro-Oeste e Nordeste – possui o potencial de atingir a meta de redução de carbono para a agricultura em 2020, estipulada no Plano ABC (133,9 milhões a 162,9 milhões de toneladas de CO2eq), em cerca de três anos. “Esse resultado só seria alcançado caso as tecnologias de baixa emissão de carbono fossem implementadas integralmente e com alto grau de qualidade em toda a área hoje ocupada por atividades agropecuárias ou desmatada”, afirma Angelo Gurgel, coordenador do Observatório ABC. “Além disso, o governo precisa resolver entraves como a regularização fundiária e ambiental”, diz.
Para exemplificar essas dificuldades, o relatório trouxe um estudo de caso sobre Paragominas, município que possui 11% do total de pastagens degradadas do Pará e está próximo ao arco de desmatamento da Amazônia Legal. A cidade apresenta os mesmos problemas identificados nacionalmente em estudos anteriores do Observatório ABC: além da regularização fundiária, a baixa atuação e capacitação da assistência técnica, a falta de proximidade do Grupo Gestor Estadual do Plano ABC aos produtores locais e a pouca divulgação da linha de crédito do Programa ABC dificultam o acesso ao financiamento.
O relatório, que contou com a participação técnica do GVces, levantou a aplicação dos recursos nos primeiros oito meses da safra 2014/2015, quando foram desembolsados cerca de R$ 2,5 bilhões (56% do total alocado para o Programa). A maior parte foi demandada pelo Centro-Oeste (36,3%) e o Sudeste (32%), bem à frente das regiões Sul (11,3%), Nordeste (11%) e Norte (9,5%).
Mais informações aqui.
Internacionalização a partir da sustentabilidade
O projeto Inovação e Sustentabilidade nas Cadeias Globais de Valor (ICV Global) realizou em maio um evento especial para marcar a conclusão de seu primeiro ciclo de atividades. Parceria entre GVces e a Apex-Brasil, o projeto tem como meta criar bases para a internacionalização de micros, pequenas e médias empresas, que se diferenciam por seus atributos de inovação e sustentabilidade.
Para Ana Coelho, pesquisadora do GVces e gestora do projeto, “a internacionalização da sustentabilidade como estratégia de negócio e a oferta de produtos e serviços que tenham incorporados atributos socioambientais são certamente fonte de vantagem competitiva”.
A publicação com os resultados finais do trabalho está disponível na biblioteca do site do GVces.
SINTONIZANDO
Crise hídrica é destaque Do “Bode na Sala”
Reunindo representantes de diferentes setores e áreas de conhecimento, Página22 promoveu em 27 de maio a 2ª edição do Bode na Sala, desta vez sobre a crise hídrica que aflige diversos estados brasileiros desde o ano passado. O evento foi uma oportunidade importante para discutir o tema de forma construtiva e reflexiva, considerando os problemas e as visões dos diversos atores envolvidos nessa questão. Confira os destaques aqui.
Revitalização da Praça Gino Struffaldi
Inspirados pelo desafio apresentado aos alunos da turma inSPira, da 10ª edição da disciplina eletiva Formação Integrada para Sustentabilidade (FIS 10), um grupo de estudantes da FGV e da Universidade Mackenzie uniu-se para revitalizar a Praça Capitão Gino Struffaldi, em frente à sede da Fecomercio, ao lado da Praça 14-Bis, na Bela Vista, em São Paulo.
Por enquanto, o grupo está estudando o local e a demanda dos frequentadores, além de buscar ajuda para realizar essa tarefa. Se você tiver interesse em participar e contribuir para a recuperação da praça, entre em contato pelo e-mail pracastruffaldi@googlegroups.com.