A pecuária ainda é sinônimo de desmatamento e de um poderoso agravante da mudança climática. Mas algumas iniciativas no Brasil, como a Liga de Desenvolvimento Regional do Araguaia, estão trabalhando para mudar essa semântica.
No caso da Liga, objetivo é produzir carne carbono neutro, uma exigência crescente nos mercados internacionais, além de promover a regularização ambiental no Vale do Araguaia, em Mato Grosso, agregando valor a produtos e serviços. O programa, que espera contar com mais adesões de fazendeiros, também pretende contribuir com um modelo de pecuária dotada de atributos de sustentabilidade que seja replicável a outras regiões do País.
A Liga é um programa implantado a partir das fazendas Água Viva e Lago Azul, localizadas em Cocalinho (MT), e tem como projetos o Carbono Araguaia, voltado para o monitoramento da redução de emissões de gases de efeito estufa, e o Campos do Araguaia, para intensificação da pecuária sustentável e regularização ambiental.
O vídeo abaixo, sobre o projeto Carbono Araguaia, mostra a relação das pastagens no Brasil com a mudança do clima e como esse cenário pode e deve ser revertido.
O programa como um todo reúne diversos atores, como o Grupo Roncador e demais pecuaristas da região, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Dow Agrosciences, as organizações The Nature Conservancy , World Resources Institute e The Sustainable Trade Initiative, e as associações Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Associação Nacional dos Confinadores (Assocon).