O estado de Utah , no miolo dos EUA, implantou a jornada de trabalho de quatro dias para 17 mil funcionários públicos há pouco mais de um ano, no auge da crise econômica. Desde então, os trabalhadores permanecem mais horas no batente, para compensar a folga da sexta-feira. A iniciativa provou ser benéfica para todos os envolvidos.Durante o primeiro ano da iniciativa, completado em agosto, o governo economizou um total de US$ 5,5 milhões. A parte do leão, US$ 4 milhões, resultou na eliminação de horas extras. Também houve uma economia de US$ 250 mil graças à diminuição da demanda por serviços de zeladoria. A queda no consumo de eletricidade não chegou a ser das mais expressivas – foi apenas um sexto do que se previa originalmente, porque alguns edifícios não puderam ser fechados nas sextas e o fechamento dos prédios menores não fez tanta diferença. O governo de Utah deixou de gastar US$ 500 mil com aquecimento ou refrigeração e economizou combustíveis, uma vez que a frota oficial rodou 5 milhões de quilômetros a menos que no ano anterior.
Inicialmente, parte dos trabalhadores rejeitou a medida, mas o índice de aprovação, como era de se esperar, cresceu ao longo do ano. Ao final do piloto, nenhuma surpresa: 82% dos participantes gostaram da iniciativa. Eles relatam que gastam menos tempo e gasolina no trânsito, aproveitam a tranquilidade de dirigir após a hora do rush, têm mais tempo para curtir a família, estão se sentindo mais saudáveis.
Agora, Utah está fazendo escola. O Havaí e o estado de Washington estão testando o modelo. Algumas cidades, como El Paso, no Texas, e Melbourne Beach, na Florida, também. Uma fábrica da GM em Ohio também está adotando a semana de quarto dias. John Harrington, director de assuntos energéticos de Utah declarou recentemente: “Não dá nem para lembrar todos os que me procuraram para saber a respeito”.