As energias alternativas deixaram de ser as queridinhas dos investidores de venture capital dos Estados Unidos. Segundo estudo divulgado no final da semana passada pela consultoria Ernst & Young, em 2009, o investimento nas chamadas tecnologias limpas ficou na faixa de US$ 2,6 bilhões, um montante 50% inferior ao registrado no ano anterior. Dois anos atrás, analistas desse mercado chegaram a enxergar a formação de uma bolha especulativa, quando indústrias eólicas, solares e de biocombustíveis foram inundadas de capital.
Ainda segundo a Ernst & Young, agora o venture capital está sendo destinado predominantemente às tecnologias promotoras da eficiência energética. Segundo o estudo, os investidores transferiram os seus recursos para empresas que utilizam tecnologia para reduzir e monitorar o consumo de energia, que demandam aportes menores e oferecem um retorno mais rápido, algo essencial em tempos de recessão. Em contraste, a implantação de alguns projetos de renováveis pode chegar a custar US$ 250 milhões. Ao longo de 2009, investidores norte-americanos destinaram US$ 593,3 milhões a empresas de eficiência energética residencial, comercial ou industrial, ou que trabalham com a racionalização da distribuição.
De todo o vental capital investido nos Estados Unidos no ano passado, 32% foram destinados à eficiência energética, 18% para a geração de eletricidade de fontes renováveis e 8% para combustíveis alternativos.