Crescem as suspeitas de que o fraturamento hidráulico para extração de gás de xisto, também conhecido como fracking, aumentou o número de ocorrências e a intensidade de terremotos em várias partes do mundo.
Entre 2009 e 2012, o estado de Oklahoma, no coração dos Estados Unidos, sofreu uma média de 76 terremotos acima de 2,5 graus na escala Richter por ano. Segundo a Oklahoma Geological Survey (OGS), a agência encarregada de monitorar a atividade sísmica no estado, houve 222 ocorrências no ano passado e, do início deste ano até a semana passada, foram registradas 103. A projeção até o fim do ano é de pelo menos 780 tremores, mais que o triplo do ano passado, que foi o triplo dos anos anteriores.
Vários cientistas que estudam o fenômeno entendem que os terremotos podem estar sendo fomentados pela injeção de água, areia e várias substâncias químicas em camadas de rocha profunda, na tentativa de quebrá-las e liberar estoques subterrâneos de óleo e gás. O OGS divulgou uma nota na semana passada em que diz que a correlação entre a atividade nesses poços e os tremores é possível mas demanda maior investigação.
Oklahoma tem mais de 100 mil poços submetidos ao fracking. O estado está se firmando como um dos líderes na adoção dessa tecnologia, juntamente com o Texas e North Dakota. No Texas, aliás, a população está começando a protestar contra o fraturamento hidráulico, que culpa pela ocorrência de mais de 30 tremores na região de Azle. Moradores dessa zona rural estão pressionando o governo estadual para que proíba o uso dessa tecnologia.
Um estudo divulgado no ano passado pela publicação científica Geology, associou a injeção de água em poços subterrâneos ao maior terremoto já registrado em Oklahoma, um tremor de 5,7 graus em novembro de 2011 que matou duas pessoas. Na semana passada, Nicholas van der Elst, pesquisador do Lamont-Doherty Earth Observatory da Columbia University declarou dias a um blog da revista semanal The Nation que a associação do fracking com os terremotos de Oklahoma é a “hipótese mais razoável” para explicar a crescente instabilidade geológica no estado. “O ônus da prova fica a cargo dos operadores de poços, que devem provar que os terremotos não são causados pelos seus poços”, declarou. Tanto a revista Time quanto a rede NBC cobriram o assunto, mostrando que as evidências de correlação crescem, embora estejam longe de ser uma unanimidade entre os que se debruçaram sobre o tema.[:en]
Crescem as suspeitas de que o fraturamento hidráulico para extração de gás de xisto, também conhecido como fracking, aumentou o número de ocorrências e a intensidade de terremotos em várias partes do mundo.
Entre 2009 e 2012, o estado de Oklahoma, no coração dos Estados Unidos, sofreu uma média de 76 terremotos acima de 2,5 graus na escala Richter por ano. Segundo a Oklahoma Geological Survey (OGS), a agência encarregada de monitorar a atividade sísmica no estado, houve 222 ocorrências no ano passado e, do início deste ano até a semana passada, foram registradas 103. A projeção até o fim do ano é de pelo menos 780 tremores, mais que o triplo do ano passado, que foi o triplo dos anos anteriores.
Vários cientistas que estudam o fenômeno entendem que os terremotos podem estar sendo fomentados pela injeção de água, areia e várias substâncias químicas em camadas de rocha profunda, na tentativa de quebrá-las e liberar estoques subterrâneos de óleo e gás. O OGS divulgou uma nota na semana passada em que diz que a correlação entre a atividade nesses poços e os tremores é possível mas demanda maior investigação.
Oklahoma tem mais de 100 mil poços submetidos ao fracking. O estado está se firmando como um dos líderes na adoção dessa tecnologia, juntamente com o Texas e North Dakota. No Texas, aliás, a população está começando a protestar contra o fraturamento hidráulico, que culpa pela ocorrência de mais de 30 tremores na região de Azle. Moradores dessa zona rural estão pressionando o governo estadual para que proíba o uso dessa tecnologia.
Um estudo divulgado no ano passado pela publicação científica Geology, associou a injeção de água em poços subterrâneos ao maior terremoto já registrado em Oklahoma, um tremor de 5,7 graus em novembro de 2011 que matou duas pessoas. Na semana passada, Nicholas van der Elst, pesquisador do Lamont-Doherty Earth Observatory da Columbia University declarou dias a um blog da revista semanal The Nation que a associação do fracking com os terremotos de Oklahoma é a “hipótese mais razoável” para explicar a crescente instabilidade geológica no estado. “O ônus da prova fica a cargo dos operadores de poços, que devem provar que os terremotos não são causados pelos seus poços”, declarou. Tanto a revista Time quanto a rede NBC cobriram o assunto, mostrando que as evidências de correlação crescem, embora estejam longe de ser uma unanimidade entre os que se debruçaram sobre o tema.